Esta é a maior área com seca grave no território potiguar desde setembro de 2018 No Nordeste aconteceu o avanço
da seca grave no Rio Grande do Norte e da seca moderada no leste do Maranhão e
oeste do Piauí, devido à piora nos indicadores do fenômeno, segundo a última
atualização do Monitor de Secas de
agosto. Por outro lado, devido às chuvas acima da média nos últimos meses,
houve um recuo da seca moderada em parte do litoral baiano e da seca fraca no
leste pernambucano. Em termos de área com seca, houve um recuo do fenômeno em
Pernambuco e no Piauí. Nos demais estados nordestinos, as porções com seca se
mantiveram estáveis. Entre julho e agosto, o Rio
Grande do Norte teve um agravamento da seca com o aumento significativo da área
com seca grave, que subiu de 38% para 52% do estado – pior condição dentre os
estados nordestinos. Esta é a maior área com seca grave no território potiguar
desde setembro de 2018: 54%.
Além disso, a condição
verificada em agosto foi a mais severa no estado desde janeiro de 2019, quando
12% do RN passaram por seca extrema. Desde dezembro de 2020, todo o território
potiguar registra seca. Em agosto deste ano, em
comparação a julho, a área com seca se expandiu em uma das 21 unidades da
Federação acompanhadas pelo Monitor de Secas: Santa Catarina. Por outro
lado, a área com o fenômeno diminuiu em outros três estados: Paraná, Pernambuco
e Piauí. Outros 16 estados não tiveram variação do território com seca
(Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato
Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio
Grande do Sul, São Paulo, Sergipe e Tocantins). O Distrito Federal permanece
sem registrar o fenômeno desde fevereiro.
*CLICK NA FIGURA PARA AUMENTAR
Em 12 estados, 100% de seus
territórios registraram seca em agosto: Bahia, Ceará, Mato Grosso, Mato Grosso
do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa
Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Exceto o DF, que não teve registro de
seca no último mês, as demais oito unidades da Federação acompanhadas pelo
Monitor apresentam entre 56,5% e 98,2% de suas áreas com o fenômeno, sendo que
para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com
seca. Em termos de severidade do
fenômeno, 14 estados tiveram uma intensificação da severidade da seca em julho:
Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba,
Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa
Catarina, São Paulo e Tocantins. Nos casos de Mato Grosso, Rio de Janeiro e São
Paulo; foi verificada a situação de seca mais severa no histórico de cada um
deles no Monitor.
A região entre o noroeste
paulista e o Triângulo Mineiro é a única com seca excepcional – a mais severa
na escala do Monitor. Com isso, São Paulo e Minas Gerais são as duas unidades
da Federação com seca excepcional respectivamente em 14,83% e 2,74% de seus
territórios. Em Alagoas, Ceará e Rio de
Janeiro a severidade do fenômeno se manteve estável entre julho e agosto. Por
outro lado, Bahia, Espírito Santo e Sergipe tiveram abrandamento da situação de
seca, enquanto o DF segue sem o fenômeno desde fevereiro. Com base no território de cada
unidade da Federação acompanhada, Mato Grosso lidera a área total com seca,
seguida por Minas Gerais, Bahia, Mato Grosso do Sul e Goiás.
MONITOR
O Monitor realiza o
acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com
base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo
prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes
até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa
ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar a execução de políticas públicas
de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto
pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos
móveis com os sistemas Android e iOS.
O Monitor de Secas é
coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o
apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), e
desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais
ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação
dos mapas.