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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

PETROLEIROS AMEAÇAM FAZER GREVE PELO FIM DO ASSÉDIO MORAL NA COMPANHIA

Desde 5h desta quarta-feira, representantes dos petroleiros estão reunidos em frente à Base 34 da Petrobras, em Mossoró. Eles cobram da empresa a atender as reivindicações da campanha salarial da categoria. A paralisação de hoje está sendo coordenada pelos sindicatos dos petroleiros de cada estado e pelo Federação Única dos Petroleiros (FUP). O vice-coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Norte (Sindipetro/RN), Diego Holanda, explica que a mobilização faz parte das ações do Dia Nacional de Luta, com a paralisação de advertência em todo o país.

Ele afirma que aqui no estado, além da ação realizada na base da Petrobras, o movimento também conta com plataformas paradas e paralisação de parte dos petroleiros em Guamaré. Segundo informações do representante do sindicato além de cobrar reajuste salarial, a categoria cobra melhores condições de trabalho, principalmente, no que diz respeito a segurança dos trabalhadores. “De 1995 para cá, já foram registradas 320 mortes de petroleiros, vítimas de acidente de trabalho. Só esse ano já morreram seis trabalhadores no Brasil, desses óbitos, dois foram registrados aqui no RN.

Além dos acidentes com vítimas fatais, todos os anos são registrados vários acidentes com mutilações, devido à falta de segurança”, frisa. A categoria também cobra maior igualdade entre homens e mulheres nas empresas, o fim do assédio moral, e a redução da terceirização, considerada nociva aos trabalhadores. “Hoje, mais de 90% da categoria é formada por funcionários de empresas terceirizadas”, explica. Diego Holanda lembra que se não houver nenhum avanço nas negociações, com a realização da paralisação de advertência, a categoria já aprovou o indicativo de greve para o próximo dia 10 de outubro.

Campanha Salarial
As negociações tiveram início com a apresentação da proposta feita pela categoria, reivindicando reajuste salarial de 6,18% da inflação, mais 10% de ganho real. Na primeira rodada de negociação entre sindicatos do setor, Federação Única dos Petroleiros (FUP) e Petrobras, foi apresentada a contra proposta de 5,24% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), mais 6,25% sobre a Remuneração Mínima por Nível de Regime (RMNR), o que segundo o diretor do Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Norte (Sindipetro/RN), representaria apenas 1,2% de ganho real.

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