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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

RN: CONTRATAÇÃO DE DIRETOR NÃO AVANÇA

O desabastecimento no Walfredo Gurgel persiste. Esta semana, segundo a gerência do setor, o percentual de abastecimento é de 41 por cento
O desabastecimento no Walfredo Gurgel persiste. Esta semana, segundo a gerência do setor, o percentual de abastecimento é de 41 por cento

O Governo do Estado ainda não encontrou os mecanismos administrativo e jurídico para justificar a contratação do advogado Marcondes Diógenes como novo diretor-geral do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel (HWG). A pendência administrativa já dura doze dias e o salário exigido pelo advogado é de R$ 15 mil. Enquanto o contrato não é assinado, o hospital continua sob direção da médica Maria de Fátima Pinheiro que pediu exoneração do cargo há duas semanas. Não há, até o momento, expectativa para assinatura do contrato e a exoneração da diretora não foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE). O nome do advogado foi anunciado no dia 24 de janeiro pela governadora Rosalba Ciarlini. Na ocasião, a chefe do Poder Executivo estadual fixou um prazo de seis meses para que o novo diretor resolvesse os problemas de superlotação, falta de leitos, escalas de médicos, desabastecimento da farmácia e  falta de insumos que atinge o HWG.

Porém, os planos da governadora esbarram na impossibilidade do Governo contratar o advogado. Marcos Diógenes não é funcionário público e pede um salário cujo valor é superior ao que é pago a funcionários de carreira da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap). A pendência, segundo o titular da Sesap, Isaú Gerino, estaria sob cuidados da Procuradoria Geral do Estado (PGE) e Consultoria Geral do Estado (CGE). "Esse é um assunto muito complexo. Não há nada definido ainda. A PGE e CGE estão estudando o que fazer nesse caso. O convite continua valendo e, enquanto não é resolvido, a diretora Maria de Fátima continua no cargo", explicou. A reportagem entrou em contato com o Procurador-geral do Estado, Miguel Josino. "Essa demanda está com a Consultoria. Eles que resolvem questões como essa", avisou. Já o Consultor-geral do Estado, José Marcelo da Costa, afirmou que, até o momento, não havia nenhum processo sobre o assunto na CGE. "O que sei sobre o assunto é o que sai na imprensa.

Não chegou nada oficialmente aqui", explicou. José Marcelo disse ainda que não tem conhecimento se a Controladoria já analisou outros processos com demanda semelhante. Independente da questão administrativa, a atual diretora-geral do HWG afirmou que continua no cargo até que outra pessoa a substitua. "Meu compromisso é com o secretário de Saúde. Disse a ele que não abandonaria o barco até que outra pessoa assumisse a direção e assim vou fazer. Fico o tempo que for necessário", disse Maria de Fátima. A diretora-geral explicou ainda que a demanda jurídica - motivo principal para o pedido de exoneração - diminuiu nos últimos dias. "Não sei se foi coincidência, mas não recebi mais nenhum processo". O advogado Marcondes Diógenes de Souza Paiva afirmou que ainda espera a decisão do governo. Ele acredita que a resposta final será divulgada até o fim dessa semana. "Tive contato com o secretário Isaú na última quinta-feira. Acredito que haverá um pronunciamento ainda essa semana".

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