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terça-feira, 10 de junho de 2014

GESANE MARINHO É EFEITO COLATERAL DA ALIANÇA DE ROBINSON COM PT SE DESLIGA DO PSD

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Às vésperas das convenções partidárias, o deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB) provocou o primeiro grande estrago na pré-campanha do vice-governador Robinson Faria (PSD). O apoio de Gesane Marinho (PSD) a Henrique tem efeito mais do que simbólico. Tem efeito eleitoral. Gesane exerce liderança em comunidades da região Agreste do Estado, a mesma de Robinson Faria. Não adianta agora dizer que a deputada levou vantagem financeira no apoio a Henrique. Isso faz parte do jogo político. Aliás, muitas vezes isso é regra. A maioria das lideranças políticas vislumbra o "acerto financeiro" antes de qualquer compromisso político com partidos ou programas de governo.

O caso da Gesane Marinho vai além da vantagem financeira, se houver. Ela decidiu não buscar a renovação do mandato de deputada estadual porque a cúpula do PSD priorizou a aliança com o PT na majoritária e na eleição para deputado federal. Com medo de o PT desistir da candidatura majoritária de Fátima Bezerra ao Senado, Robinson Faria aceitou as exigências dos petistas: aliança na majoritária e cada um por si na eleição da AL. A falta de aliança entre PT e PSD para deputado estadual complicou a reeleição de gente do porte de José Dias, Gesane Marinho e Galeno Torquato, ex-prefeito de São Miguel, todos do PSD. Gesane resolveu pular fora do barco de Robinson e subir na "arca de Noé" do Henrique Alves.

O cerco do PMDB a Gesane é mais uma prova que a eleição estadual será dura, no olho eletrônico. A estratégia de Henrique e de aliados continua a mesma: evitar apoio a Robinson nos municípios e provocar estragos nas suas bases.  O sufocamento político tem dado certo em alguns lugares e noutros não. A esperança de Robinson Faria reside na campanha eleitoral no rádio e na TV, onde ele pretende expor os pontos negativos do "acordão" em torno do seu principal adversário, Henrique Eduardo Alves. Gesane Marinho foi apenas um efeito colateral do palanque que Robinson Faria montou com o PT de Fátima Bezerra e de Fernando Mineiro.

A deputada estadual Gesane Marinho anunciou nesta terça-feira (10) que vai se desligar do PSD, partido que ajudou a fundar no Rio Grande do Norte, quando seu mandato for concluído, em 31 de dezembro. Segundo a parlamentar, não há sentido em permanecer em uma legenda a quem ela foi fiel, mas que não correspondeu à sua lealdade no momento em que a deputada mais precisou. “Eu nem tinha pensando nisso [em deixar o PSD], mas não tem sentido em permanecer no PSD. Vou terminar meu mandato e depois analisar para onde vou”, declarou a deputada por telefone à reportagem do portalnoar.com. Apesar de sair do partido, a deputada promete que manterá atuação na vida pública. Para esse ano, seus planos são os de terminar o mandato e trabalhar na campanha que se avizinha.

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