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sexta-feira, 12 de setembro de 2014

SINDSAÚDE DIZ QUE GREVE NA UNICAT SERÁ, DESTA VEZ, POR TEMPO INDETERMINADO

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Após decisão em assembleia, os servidores da saúde pública pertencentes às unidades do Estado suspenderam a greve iniciada no dia 8 de setembro, mas irão manter a paralisação na Unidade Central de Agentes Terapêuticos (Unicat). De acordo com o Sindicato dos Servidores da Saúde (Sindsaúde-RN), as condições de abastecimento de medicamentos e atendimento à população ainda estão precárias e carecem de mais atenção por parte da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap), responsável por administrar a unidade. “Suspendemos a greve para tentar facilitar as negociações com o secretário Luiz Roberto Fonseca, já que ele vinha se recusando a atender a nossa categoria. A Unicat precisa de mais atenção devido o grau de importância que tem para a população mais carente e que não dispõe de condições financeiras para comprar medicamentos caros”, afirmou Rosália Fernandes, coordenadora geral do Sindsaúde. A suspensão da greve também foi motivada pelo recuo de determinações que fora dada pelo secretário da Sesap. “Ele recuou com relação à retirada do adicional de insalubridade e alguns servidores conseguiram negociar suas jornadas de trabalho com os chefes de cada unidade. Por isso, optamos pela suspensão, para agora abrirmos caminhos de negociação em prol da Unicat. Lá a greve continua e será por tempo indeterminado, até que tudo volte ao que era antes”, destacou Rosália.

Responsável pela distribuição de medicamentos de alto custo, para tratamento de diversos tipos de doenças, a Unicat teve seu horário de funcionamento alterado em função da modificação da jornada de trabalho dos servidores administrativos. Antes a Unicat ficava aberta das 7h às 18h, mas a necessidade de redução de custos pela secretaria fez com que o horário mudasse, ficando aberta à população das 8h às 12h e das 13h às 17h. “Nesta semana verificamos que, além dos transtornos no atendimento à população, o desabastecimento da Unicat provocará problemas aos mais necessitados dos serviços. Observamos a falta de 30 tipos de medicamento e não podemos fechar os olhos diante disso”, avaliou a coordenadora do Sindsaúde. A greve foi deflagrada nesta segunda-feira (8) principalmente pela redução das verbas da saúde estadual, que já tem perda de R$ 100 milhões. De acordo com o Sindsaúde, o repasse mensal à saúde tem sido reduzido em R$ 8 milhões, o que motivou as medidas impostas pelo governo, no regime de trabalho e em horários de atendimento. O Sindsaúde afirma que o corte de plantões eventuais dos técnicos de enfermagem, ainda mantido pelo Governo, irá reduzir as equipes, aumentando a sobrecarga de trabalho e comprometendo o atendimento nas unidades. Segundo o sindicato, o déficit de pessoal é de dois mil servidores, mesmo após a convocação de concursados.

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