CRISE
Apesar do otimismo que o governador Robinson Faria demonstra em entrevistas e discursos, não está nada fácil a situação financeira do Executivo potiguar. Segundo informações do Governo, o ano já começou com um repasse do Fundo de Participação dos Estados (FPE), 35% menor que o de janeiro do ano passado. A criatividade do gestor é, mais do que nunca, fundamental neste momento de crise.
R$ 150 MIL
O leitor “Robusto” manda mensagem para a coluna: “Essa é de lascar! Dê uma olhada no Portal da Transparência do TJRN e veja a remuneração de alguns magistrados. Meu caro, o pinote vai ser grande! Somando contracheque e folhas suplementares, você verá que no mês de novembro de 2014 teve gente lá que recebeu bruto cerca de R$ 150.000,00! Mas isso eu não vi nenhuma mídia destacar. Olhe lá, tire as suas próprias conclusões. Não vou entrar na questão dos 60 dias de férias, auxílio-moradia para quem não mora, etc. Mas beleza, vamos cortar os salários dos servidores e dar aumento aos magistrados”.
COMPROMISSO
Por sinal, Robinson reafirmou hoje que iria cortar o possível para continuar investindo em segurança. A declaração foi feita durante a troca de comando da Polícia Militar. Saiu Coronel Araújo Silva, causando saudades na imprensa potiguar, entrou Coronel Ângelo Dantas.
RESIDÊNCIA
Dentre as medidas anunciadas pelo governador para redução de despesa, o governador anunciou o fim da residência oficial, que era alugada pelo poder público para moradia e reuniões. Isso representa uma economia mensal de cerca de R$ 60 mil. Imagine quantas diárias da PM dá para pagar com isso…
BOLSA-ATLETA
Outro compromisso assumido pelo governador Robinson Faria, o bolsa-atleta, foi vetado no final de semana e divulgado na edição desta segunda-feira d’O Jornal de Hoje. A justificativa é a falta de aprofundamento da matéria, que não teria previsão de gastos e de onde os recursos partiriam.
BOLSA-ATLETA II
Apesar de fundamental para o ingresso de esportistas na profissionalização, o bolsa-atleta foi esquecida por anos pelos governos estaduais. Sem isso, um estado pobre como o Rio Grande do Norte, sem grandes empresas e escritórios interessados em investir no esporte, se torna quase que 100% improdutivo. E lembrar que o esporte é o principal meio de mudança de vida de muitos jovens, que hoje não tem incentivo algum.
BOLSA-ATLETA III
Alias, incentivo “quase” nenhum. Afinal, ainda há pessoas como o mestre Jair Lourenço, da Kimura Nova União, que revelou grandes lutadores para o Brasil sem ter o apoio sistemático do poder público; como o carateca André Calixto, que conduz um importante programa de ensino do Caratê para jovens carentes; e outros tantos que fazem isso por amor ao esporte, ocupando um espaço que deveria ter atuação do poder público.
BOLSA-ATLETA IV
O problema é que, do mesmo jeito que pessoas boas e interessadas aproveitam essa lacuna do poder público, más influências também fazem o mesmo. E, aí, o incentivo é para o ingresso no mundo das drogas e da criminalidade. Sem esporte, sem incentivo para praticar esportes, não há muito o que fazer se não procurar a mudança de vida por meio do “caminho fácil” que é o da criminalidade.
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