Valternilson Arruda Ribeiro, 38, já está há 17 anos na cadeia/UOL
Valternilson Arruda Ribeiro, 38, é um dos alunos mais ativos do Campus Serrotão da UEPB (Universidade Estadual da Paraíba), em Campina Grande. Ele frequenta as aulas do curso preparatório para o Enem, faz curso técnico pelo Pronatec, também oferecido pela UEPB, e participa do projeto de leitura e escrita em grupo. Quando começou a cumprir sua pena, há 17 anos, ele não havia sequer terminado o ensino fundamental, tinha feito até o 6º ano. Ribeiro não é de falar muito nem gosta de comentar os crimes que o levaram a uma condenação de 124 anos e nove meses. Foram cinco homicídios. Ele apenas comenta que não fará nada semelhante quando sair de lá.
"Viajo nos pensamentos e não me sinto preso quando estou aqui na universidade", afirma. "Estou traçando planos para minha nova vida, pois terei de aprender a andar de novo quando sair da cadeia e quero recomeçar com o estudo." Ele diz que o esforço é "para se tornar uma pessoa melhor". Segundo a legislação, ele ficará livre quando completar 30 anos de cárcere, tempo máximo de prisão no país. "Estou vivendo uma nova etapa que me levará à nova vida quando sair da cadeia. Quando cumprir minha pena, eu quero esquecer tudo de errado e começar minha vida a partir dali", conta Ribeiro.
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