DIVISÃO
A polêmica em torno da posição do PMDB em relação ao pleito de Natal volta ao noticiário após o fortalecimento do partido com a nomeação de Henrique Alves para o ministério do Turismo. Três situações serão fundamentais para definir o futuro do partido em Natal no próximo ano: O nível de popularidade do prefeito, a força do PMDB em 2016 e a relação familiar.
POPULARIDADE
O apoio de um partido como o PMDB à reeleição de um prefeito aliado passa pela aceitação popular. Todo partido é oportunista; sem aceitação, não há respaldo partidário. No caso do PMDB, há um retrospecto de apoio ao governante da hora e depois o partido abandona a gestão e passa a fazer oposição se o Governo perde aceitação popular. Ou seja: Se Carlos Eduardo estiver bem, terá o apoio do PMDB. Se cair, o PMDB estará em outro barco.
FORÇA
Outro ponto que deve ser levando em consideração é a força que o PMDB terá no próximo ano. Com Henrique no ministério, é possível que tenha uma atuação considerável em Natal, levando o partido a um nível de aceitação melhor. Dessa forma, o partido vai barganhar cargos e espaços na gestão municipal, sob ameaça de rompimento e lançamento de candidatura própria.
FAMÍLIA
O terceiro componente que pode decidir o futuro do PMDB em Natal é o familiar. Agnelo Alves, o pai de Carlos Eduardo, é respeitado na família Alves. Hoje, sua palavra é levada em consideração acima até das questões políticas. Um apelo do pai em nome do filho vai sensibilizar a cúpula partidária. Afinal, o PMDB é um partido da família Alves. O resto é penduricalho.
DISPUTA
Há uma outra variante que precisa ser levada em consideração: Quem seria o nome do PMDB para disputar a eleição? Henrique é ministro; Garibaldi não deixaria o mandato de senador; Walter Alves exerce seu primeiro mandato de federal. Ou seja: Sem um Alves competitivo, não há candidatura. Principalmente contra Carlos Eduardo. O resto é pantim.
FUTURO
Em entrevista ao jornalista Diógenes Dantas, na 96 FM, o ministro Henrique Alves sinalizou que o PMDB terá candidato próprio em 2018. Ou seja: Adiantou que alguém do partido vai disputar contra Robinson Faria o Governo do RN.
NOMES
A questão do PMDB passa novamente por nomes com densidade eleitoral e baixa rejeição. No caso do PMDB, só há dois nomes que preenchem esses requisitos: Garibaldi Filho e Walter Alves. Garibaldi vai tentar renovar seu mandato de senador e Waltinho não vai arriscar a renovação de seu primeiro mandato de deputado federal. Quanto a Henrique, dificilmente tentará de novo ser candidato majoritário.
REALIDADE
A questão da sucessão de Robinson passa pelo desempenho do governador no exercício do mandato. Caso o marido de Juliane cumpra os compromissos assumidos com a população, se credencia naturalmente a um novo mandato. Se cair em desgraça, como ocorreu com Rosalba, aí o PMDB poderá se animar a lançar um nome. Tudo depende do futuro. Com Robinson bem, o PMDB nem falará em disputa; se Robinson cair, o partido vai tentar conquistar o Governo.
LICITAÇÃO
Os vereadores finalmente conseguiram concluir a votação das emendas ao projeto de licitação do transporte coletivo de Natal. Abstraindo os exageros e autopromoção de alguns, a votação foi positiva para a cidade. Com muita discussão, os temas foram postos ao conhecimento da sociedade e aprovados. Resta ao prefeito sancionar ou vetar.
QUALIDADE
Alguns acham que as emendas aprovadas podem prejudicar o processo de licitação. Não acredito. Precisamos, cada vez mais, ter consciência cidadã e cobrar sempre o melhor para a população. A transparência do poder público em relação às planilhas de elaboração da tarifa, poderá ser determinante para a melhoria da qualidade do transporte sem um abusivo preço cobrado.
CAIXA
Sherloquinho afirma que a TCL, empresa que presta serviço a várias prefeituras no RN, tem um modelo próprio de administrar as finanças: há muitos saques em espécie; de variados valores. Se houver uma investigação minuciosa por parte do MP, os promotores poderão encontrar muitos rastros deixados pelo dinheiro.
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