
Eike Batista: o empresário é réu na Justiça Federal do Rio por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa (foto/Reuters)
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)
Gilmar Mendes mandou soltar hoje (28) o empresário Eike
Batista, preso, no final de janeiro na Operação Eficiência, um
desdobramento da Operação Lava Jato. O empresário é réu na
Justiça Federal do Rio por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização
criminosa. De acordo com a decisão do ministro, Eike deverá ser solto se não
estiver cumprindo outro mandado de prisão. Caberá ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª
Vara Federal no Rio de Janeiro, avaliar se o empresário será solto e aplicar
medidas cautelares.
Segundo as investigações, Eike teria repassado US$ 16,5 milhões
em propina ao ex-governador Sérgio Cabral, por meio de contratos fraudulentos
com o escritório de advocacia da mulher de Cabral, Adriana Ancelmo, e uma ação
fraudulenta que simulava a venda de uma mina de ouro, por intermédio de um banco
no Panamá.
Em depoimento à PF, Eike confirmou o pagamento para tentar
conseguir vantagens para as empresas do grupo EBX, presididas por ele. No habeas
corpus, a defesa de Eike Batista alegou que a prisão preventiva é ilegal e sem
fundamentação. Para os advogados, a Justiça atendeu ao apelo midiático da
população. “Nada mais injusto do que a manutenção da prisão preventiva de um
réu, a contrapelo da ordem constitucional e infraconstitucional, apenas para
satisfazer a supostos anseios de justiçamento por parte da população, os quais,
desacoplados do devido processo legal, se confundem inelutavelmente com a
barbárie”, argumenta a defesa.
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