
Sem o recadastramento biométrico, 3,3 milhões de eleitores não poderão votar em outubro
O ministro do
Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso votou hoje (26)
contra o pedido de liminar feito pelo PSB para evitar o cancelamento dos
títulos de eleitores que não realizaram o cadastramento por biometria.
De acordo com
a Justiça Eleitoral, cerca de 3,3 milhões eleitores não poderão votar nas
eleições de outubro porque não compareceram aos cartórios eleitorais
nos municípios em que houve o recadastramento para identificação biométrica. Além do PSB,
também fazem parte da ação o PT e o PCdoB. Segundo as legendas, o maior número
de eleitores que não poderão votar está na Região Nordeste. Para os
partidos, cidadãos humildes não tiveram acesso à informação para cumprir a
formalidade. Para o PSB, são
inconstitucionais as resoluções do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que
disciplinaram o cancelamento do título como penalidade ao eleitor que não
realizou o cadastro biométrico obrigatório dentro do prazo, porque resultaram
no indevido cerceamento do direito de votar. Ao votar
sobre a questão, Barroso entendeu que não há inconstitucionalidade nas normas
do TSE que disciplinaram as regras de alistamento eleitoral.
Segundo o
ministro, a atualização do cadastro de eleitores é necessária para manter a higidez
das eleições. "Não
vejo inconstitucionalidade no modo como a legislação e o TSE disciplinaram a
revisão eleitoral e o cancelamento do título em caso de não comparecimento para
a sua renovação. Eu penso que o TSE demonstrou as dificuldades técnicas e o
risco para as eleições há menos de duas semanas”, afirmou. Após Barroso,
vão votar os ministros Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Ricardo
Lewandowski, Gilmar Mendes, Marco Aurélio, Celso de Mello e o presidente do
STF, Dias Toffoli. Segundo o
TSE, cerca de 50% do eleitorado brasileiro votará por meio da biometria, o que
equivalente a 73 milhões de eleitores.
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