
Com o afastamento de Sérgio Moro dos
processos da Lava Jato, nesta quinta-feira, 1º, a operação deve ser comandada,
temporariamente, pela juíza Gabriela Hardt – substituta da 13ª Vara da Justiça
Federal do Paraná. O juiz Sérgio Moro aceitou nesta quinta
o convite para ser ministro da Justiça do presidente eleito Jair Bolsonaro
(PSL) e, por isso, deixará de comandar a Operação Lava Jato no Paraná.
Gabriela Hardt fica à frente dos
processos da Lava Jato até que seja escolhido um novo juiz titular – ela não
pode assumir em definitivo porque é juíza substituta. Essa seleção será de
responsabilidade do Tribunal Regional Federal da 4ª região (TRF-4). A partir de segunda-feira, 5, os réus
do processo que investiga a compra do sítio de Atibaia serão interrogados. O
interrogatório do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está marcado para 14
de novembro.
Quem é Gabriela Hardt
Hardt é paranaense, tem 42 anos e
cresceu em São Mateus do Sul, a 150 quilômetros de Curitiba. O pai dela
trabalhava em uma unidade da Petrobras que fica na cidade. Ela é formada em direito pela
Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde o juiz Sérgio Moro dava aulas. Gabriela prestou concurso para a
Justiça Federal, em 2007, e foi nomeada juíza, em 2009, para uma vaga em
Paranaguá, no litoral do estado.
Em 2014, foi nomeada juíza substituta
na 13ª vara federal e assumia os trabalhos quando o juiz Sergio Moro saía de
férias. Em uma dessas ocasiões, em maio deste
ano, Gabriela Hardt mandou prender o ex-ministro José Dirceu, que na sequência
conseguiu um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF). Por curiosidade, a juíza é atleta,
começou a nadar ainda jovem e atualmente compete em provas de maratonas
aquáticas – nadando cinco quilômetros em águas abertas.
Fonte: G1/RPC Curitiba
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