
FOTO: TEREZA SOBEIRA/MINISTÉRIO DA DEFESA/portal no ar
O presidente da República em exercício, Hamilton
Mourão, disse nesta quarta-feira, 26, que o sargento da Aeronáutica preso na
terça-feira, 25, por transportar drogas na bagagem não embarcaria no voo do
presidente Jair Bolsonaro ao Japão, mas que a tripulação estaria no avião de
volta do chefe do Executivo. O chefe do Executivo viaja ao país asiático para
participar da cúpula do G-20. “Não (ao responder se ele embarcaria no avião da
ida), o que acontece quando tem essas viagens, vai uma tripulação que fica no
meio do caminho, então, quando o presidente voltasse do Japão, essa tripulação
iria embarcar no avião dele. Então seria Sevilha-Brasil”, disse Mourão, ao ser
questionada pela imprensa. O episódio, que criou desconforto ao Palácio do
Planalto, levou o governo brasileiro a mudar a escala do presidente de Sevilha
para Lisboa.
Mais cedo em entrevista à Rádio Gaúcha, Mourão
disse que as Forças Armadas “não estão imunes a esse flagelo da droga”. “Isso
não é a primeira vez que acontece, seja na Marinha, seja no Exército, seja na
Força Aérea. Agora a legislação vai cumprir o seu papel e esse elemento vai ser
julgado por tráfico internacional de drogas e vai ter uma punição bem pesada”,
disse o vice de Bolsonaro. Ao falar novamente com a imprensa, Mourão voltou a
afirmar que a corporação não está imune a situações como essa. “Foi o que falei
hoje, essa questão do tráfico de drogas atinge a sociedade como um todo, e as
forças armadas não é um agrupamento que vieram de Marte, eles pertencem aqui a
nossa população e estão sujeitas, a toda… seja para o consumo seja para o
tráfico”, disse o presidente em exercício.
A prisão do sargento ocorreu na escala na Espanha,
durante o percurso para o Japão. O sargento preso embarcou em Brasília, no
avião reserva da Presidência, o Embraer 190, do Grupo de Transportes Especiais,
da Força Aérea, e que transportava três tripulações de militares para a missão
presidencial. O militar preso não trabalha na Presidência da República, mas na
FAB, e no avião exerce a função de comissário de bordo. “Aquilo não é avião presidencial, inclusive para
vocês saberem, o avião que o presidente decolou ontem, esse avião decola, faz
pra ver se está tudo bem, desce e é lacrado. Só é aberto novamente quando
presidente está para embarcar”, disse Mourão.
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