
A Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel) informou, nesta sexta-feira (25), que a bandeira tarifária
para o mês de novembro será a vermelha, no patamar 1, quando há um acréscimo de
R$ 4 para cada 100 quilowatts-hora consumidos. Em outubro, a bandeira foi a
amarela, cujo acréscimo na conta é de R$ 1.
De acordo com a agência, a decisão de
elevar o patamar da bandeira se deve ao fato de que, apesar de novembro ser o
mês de início do período chuvoso nas principais bacias hidrográficas do país, o
regime de chuvas está abaixo da média histórica. "O regime de chuvas regulares
nessas regiões tem se revelado significativamente abaixo do padrão histórico. A
previsão hidrológica para o mês também aponta vazões afluentes aos principais
reservatórios abaixo da média, o que repercute diretamente na capacidade de
produção das hidrelétricas, elevando os custos relacionados ao risco
hidrológico (GSF)", explicou a Aneel. A agência disse ainda que nesse
cenário aumenta a demanda de acionamento de usinas termelétricas, cujo custo de
produção é mais alto, o que incide sobre da energia.
Sistema
Criado pela Aneel, o sistema de
bandeiras tarifárias sinaliza o custo real da energia gerada, possibilitando
aos consumidores o bom uso da energia elétrica. O cálculo para acionamento das
bandeiras tarifárias leva em conta, principalmente, dois fatores: o risco
hidrológico (GSF, na sigla em inglês) e o preço da energia (PLD). O funcionamento das bandeiras
tarifárias é simples: as cores verde, amarela ou vermelha (nos patamares 1 e 2)
indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração.
No dia 21 de maio, agência aprovou um
reajuste no valor das bandeiras tarifárias. Com os novos valores, caso haja o
acionamento, o acréscimo cobrado na conta pelo acionamento da bandeira amarela
passou de R$ 1 para R$ 1,50 a cada 100 kWh consumidos. Já a bandeira vermelha
patamar 1 passou de R$ 3 para R$ 4 a cada 100 kWh e no patamar 2 da bandeira
passou de R$ 5 para R$ 6 por 100 kWh consumidos. A bandeira verde não tem
cobrança extra.
Os recursos pagos pelos consumidores
vão para uma conta específica e depois são repassados às distribuidoras de
energia para compensar o custo extra da produção de energia em períodos de
seca.
Nenhum comentário:
Postar um comentário