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Julgamento foi mantido por decisão do desembargador federal João Pedro Gebran Neto — Foto: Reprodução/G1
O julgamento
da questão de ordem que poderá anular a condenação do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva foi mantido para o próximo dia 30 no Tribunal Regional
Federal da 4ª Região (TRF-4). A defesa de Lula havia pedido que a data
fosse desmarcada, em recurso protocolado na quinta-feira (24), o que foi
negado. O
ex-presidente foi condenado a 12 anos e 11 meses de prisão em primeira
instância, no processo do sítio de Atibaia, sua segunda condenação na Operação
Lava Jato. A 8ª Turma do
TRF-4 definirá no dia 30 se a condenação deve ser anulada com base na
decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a ordem de apresentação
das alegações.
A defesa
pediu que a data fosse desmarcada, alegando que o desembargador federal João
Pedro Gebran Neto escolheu apreciar somente um dos capítulos do recurso
apresentado pelos advogados de Lula, e defendeu que os outros capítulos também
sejam analisados. Esses possibilitariam a nulidade total do processo. Na
sexta-feira (25), o próprio Gebran negou o recurso. Segundo ele, a defesa
poderá fazer esse questionamento na própria sessão de julgamento, em
sustentação oral. O desembargador frisou em sua decisão que a inclusão em pauta
ou em mesa de julgamento não tem conteúdo decisório, não sendo por isso impugnável
pelos advogados do réu. O G1 pediu
posicionamento à defesa de Lula e, até a última atualização desta reportagem,
não obteve resposta.
MPF pede
anulação
O Ministério
Público Federal pediu a anulação da condenação de Lula, em petição na
quarta-feira (23). O parecer foi protocolado pelo órgão após o TRF-4 marcar o
julgamento do dia 30. O procurador Maurício
Gotardo Gerum entende que é necessário anular a sentença do ex-presidente
"tanto para salvaguardar a coerência do sistema jurídico quanto para
evitar futuras alegações de nulidade que certamente conduzirão a um grande
prejuízo em termos processuais". Em nota, o
advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, disse que há uma "tentativa de
manipular a verdade nos processos envolvendo o ex-presidente" e que espera
a anulação completa do processo.
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