
O ex-ministro Antonio Palocci citou a
presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e a governadora do Rio Grande do
Norte, Fátima Bezerra, na delação premiada que fechou com Polícia Federal. Segundo ele, os fatos dizem respeito
à eleição de 2010, quando Fátima foi reeleita deputada federal. Palloci afirmou que os valores
ilícitos pagos foram feitos através de doação pela Camargo Corrêa ao diretório
nacional do PT.
Levantamento do Blog do Dina nos
arquivos da eleição de 2010 mostra compatibilidade de datas entre as doações. A campanha de Fátima Bezerra naquele
ano recebeu doações do PT em três datas: 10 de agosto, de R$ 95 mil, 18 de
agosto, de R$ 47,5 mil, e 13 de setembro, de R$ 47,5 mil. Por outro lado, a Camargo Corrêa doou
ao diretório nacional do PT em 30 de agosto, R$ 500 mil, 17 de agosto, R$ 1,5
milhão e 24 de setembro, R$ 1 milhão.
Em tese, portanto, as doações para
Fátima de 18 de agosto e 13 de setembro podem ter sido feitas dentro do esquema
narrado por Palloci, o que seria o valor de R$ 95 mil. Palocci afirma que tanto Gleisi como
Fátima, que se elegeu governadora em 2018, “tinham plena ciência da origem
ilícita das doações realizadas pela Camargo Corrêa.”
*Confira abaixo o quadro de doações
Doações do PT para a campanha de
Fátima

Doações da Camargo Corrêa para o
PT

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