
Petroleiros em greve no RN
anunciam a venda de botijões de gás a R$ 40. A ação faz parte das estratégias
para chamar atenção da população para o movimento da categoria que reivindica a
permanência da Petrobras no Rio Grande do Norte e questiona a demissão sumária
de mil funcionários no Paraná e a privatização da estatal. A greve, no
território nacional, foi iniciada no dia 1º de fevereiro, e reúne mais de 18
mil trabalhadores em todo país, distribuídos em 91 unidades da empresa em 13
estados. O Preço atual do botijão de gás fica é vendido em
média a 80 reais no mercado, com a ação, que será realizada, na manhã
da próxima sexta-feira (15), em frente à sede da empresa, em Natal, no bairro
da Cidade da Esperança, o preço cairá pela metade, para R$ 40. O diretor do
Sindicato dos Petroleiros e Petroleiras do Rio Grande do Norte (SINDIPETRO) do
RN, Rodolpho Vasconcelos, explica que “os petroleiros acreditam que é possível
a venda de gás, gasolina e diesel a preço justo, por isso a categoria vai
realizar a ação para alertar a sociedade”.
Eles questionam o preço dos
combustíveis, “os petroleiros entendem que a Petrobras não deve vincular
os preços dos combustíveis à política internacional por ser um país produtor,
ela pode ser bastante lucrativa se considerar o preço da venda com base no custo
de produção - extração, produção e refino”. No Rio Grande do Norte,
os trabalhadores estão querendo a permanência da empresa no estado, além
das reivindicações nacionais, que é barrar o descumprimento do Acordo Coletivo
de Trabalho pela Companhia e também denunciar as demissões e transferências de
trabalhadores, próprios e contratados, além de lutar contra o aumento de
combustíveis e a venda de ativos em todo o Sistema Petrobrás. Entre 2015 e
2018, cerca de 5 mil funcionários efetivos e terceirizados foram demitidos e a
redução nos investimentos chega a 38%, o que equivale a R$ 889 milhões.
A Bacia Potiguar, como é
chamada a região de produção de petróleo no Rio Grande do Norte, abrange
84 campos de produção de gás e petróleo, sendo a maior em quantidade no país,
porém uma das menores em produção. O Estado, que já foi o segundo maior
produtor de petróleo no país, e teve pico de 110 mil barris por dia, hoje
produz algo em torno de 36 mil. “A gente acredita que o objetivo da
Petrobras é se desfazer dos seus ativos no Nordeste. O presidente da empresa já
declarou que quer concentrar os ativos no Sudeste até 2022. Então ela reduz a
capacidade de produção e o quadro de funcionários”, explicou Rodolpho, que se
referia à fala do presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, durante
evento da Associação Comercial do Rio de Janeiro, realizado em agosto do ano
passado. A Petrobras não considera rentável a continuidade da
exploração de campos em terra e águas rasas e tem trabalhado para concentrar as
atividades na área do Pré-Sal.
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