
O Tribunal de Justiça instalou o Módulo Criminal do
sistema Processo Judicial Eletrônico (PJe) nos cinco Juizados da Violência
Doméstica (três em Natal, um em Mossoró e outro em Parnamirim) e na Comarca de
Parelhas, nesta terça-feira (30). A ferramenta digital de tramitação processual
irá substituir o Sistema de Automação da Justiça (SAJ) em todas as varas
criminais e nos juizados nos quais há competência criminal. “O nosso
compromisso é este, o de tornar o Poder Judiciário potiguar, cada vez mais,
digital e célere e prestador de um melhor serviço e o passo dado em relação ao
Módulo Criminal do PJe é mais um neste caminho”, considera o presidente do
TJRN, desembargador João Rebouças. A partir de hoje, passa a ser obrigatório o uso
deste sistema para a tramitação de todos os feitos de natureza criminal
protocolados ou distribuídos nestes cinco juizados e na Comarca de Parelhas,
que estava com seus processos preparados para a digitalização. A determinação é
expressa na Portaria Conjunta nº 30/2020, editada pelo Tribunal de Justiça do
RN e pela Corregedoria Geral de Justiça. De acordo com a portaria, o PJe será
utilizado também para os processos físicos criminais que forem digitalizados.
Esta é mais uma etapa da utilização do módulo criminal do PJe pela Justiça Estadual
potiguar, iniciada no último dia 15 de abril, tendo a comarca de Assu como
pioneira.
Antes da implantação nestas unidades judiciárias, o
Tribunal de Justiça capacitou, desde 26 de junho, além de magistrados e
servidores, advogados, defensores públicos, delegados e agentes de polícia,
além de membros do Ministério Público. O juiz Rosivaldo Toscano, coordenador do Grupo de
Trabalho para a implantação do Módulo Criminal do Processo Judicial eletrônico
(PJe) no primeiro grau de jurisdição, destaca que como o sistema é ponta a
ponta é imprescindível que cada um desses atores esteja qualificado para
utilizá-lo e possa contribuir para a sua evolução. Desenvolvido por um consórcio de tribunais, o
Módulo Criminal do PJe, em um projeto capitaneado pelo Conselho Nacional de
Justiça (CNJ), além de ser um software gratuito traz toda uma estrutura que conta
com o suporte deste grupo de tribunais que ajudou a elaborá-lo. “Esta é uma
solução tecnológica muito mais avançada porque ingressamos na parte criminal
com o processo eletrônico, permitindo uma série de funcionalidades e uma série
de vantagens sobre o processo físico”, salienta Rosivaldo Toscano.
Inovação como esta, observa Rosivaldo Toscano, é
ainda mais importante em tempos de pandemia, devido à necessidade de manutenção
do isolamento social e ao mesmo tempo possibilitar ao Poder Judiciário estadual
continuar a exercer sua função de pacificação social. “A partir do mês que vem,
deveremos fazer migrações de outras comarcas para o sistema, de 15 em 15 dias,
fazendo com que antes do final do ano, todas as unidades com competência
criminal dentro do Poder Judiciário Estadual do RN estejam utilizando o Módulo
Criminal do PJe”, estima o magistrado. A partir desta terça, as Delegacias Especializadas
de Atendimento à Mulher das Comarcas de Natal, Parnamirim e Mossoró, as
Delegacias de Polícia vinculadas à Comarca de Parelhas, os membros do
Ministério Público, os advogados e os defensores públicos deverão encaminhar
documentos e petições apenas pelo Sistema PJe. A Portaria
Conjunta nº 33/2020 institui procedimentos específicos para o
cadastramento e a tramitação de feitos criminais no PJe, disciplinando questões
como o cadastramento das Delegacias de Polícia, assim como o de seus delegados,
escrivães e/ou agentes de Polícia Civil; cadastramento de feitos e partes pelas
Delegacias; habilitação de advogados; procedimentos para a secretaria
judiciária da unidade judicial, entre outras disposições.
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