A superlotação no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel (HWG), em Natal,
atingiu um nível alarmante nesta sexta-feira (15). O maior hospital público
do Rio Grande do Norte está
enfrentando uma crise que coloca pacientes em situações de extremo desconforto
e insegurança.
De acordo com denúncia do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde/RN), o pronto-socorro da unidade registrou 108 pacientes internados, sendo 56 deles acomodados em corredores por falta de leitos adequados. A situação é agravada na Sala de Recuperação Pós-Anestésica (RPA), que está funcionando acima da sua capacidade. Ainda de acordo com o sindicato, 33 pacientes ocupavam o setor, destinado exclusivamente para a recuperação de pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos. Esse número é muito superior ao limite adequado, comprometendo a qualidade do atendimento.
Pacientes sofrem com condições precárias
Entre os relatos mais preocupantes, destaca-se
o caso de um homem com fratura exposta, que
– até a sexta-feira (15), permanecia aguardando atendimento no corredor do
hospital. A unidade conta atualmente com apenas uma sala de ortopedia operante,
cenário que reflete a precariedade da infraestrutura. Além disso, três salas cirúrgicas estão
bloqueadas, com pacientes ainda no interior, impedindo a continuidade ou
conclusão de procedimentos. Essa paralisação, segundo o Sindsaúde/RN, é
consequência direta da falta de recursos e equipamentos necessários.
O Sindsaúde também alertou para a falta de 29 itens essenciais, incluindo ataduras, aventais, insulina e o relaxante muscular suxametônio, utilizado em procedimentos cirúrgicos. Desse total, 15 itens estão classificados como críticos, comprometendo ainda mais o atendimento aos pacientes. Funcionários relataram que, ao longo do dia, as macas foram organizadas em filas duplas nos corredores devido à demanda crescente e à incapacidade do hospital em lidar com a situação. A crise no HWG não é um caso isolado e reflete os desafios enfrentados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no estado. Com a falta de insumos, infraestrutura inadequada e uma demanda crescente, os pacientes e profissionais de saúde seguem enfrentando situações de risco e extrema dificuldade.
FONTE: PORTAL N10
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