
Apontado como autor do latrocínio da empresária Célia Cirne, em Campina Grande, Bruno Franklin Sousa Santos foi preso e reconhecido por duas testemunhas (Foto: Artur Lira/G1)
O suspeito Bruno Franklin Sousa Santos, 24 anos, apontado como autor do
latrocínio da empresária Célia Márcia Santos Cirne, 69 anos, conhecia a rotina
da vítima, segundo a Polícia Civil. A mulher morreu baleada após a abordagem do
suposto assaltante no sábado (24), em Campina Grande. A prisão dele aconteceu no
fim da tarde desta quarta-feira (28) e a Polícia Civil informou nesta
quinta-feira (29) que ele foi reconhecido por duas testemunhas, mas o suspeito
nega o crime.
De acordo com a polícia, o autor do crime sabia a rotina da mulher, a hora em
que ela chegava e saía da empresa, no Centro da cidade. Ele chegou ao local a pé
e recebeu cobertura na fuga de um outro homem, em uma moto, que continua sem
identificação. Os delegados investigam ainda se uma terceira pessoa passou as
informações para o suspeito. “Apesar de ter sido reconhecido, nega a autoria do
fato e não nos ajuda com relação ao seu comparsa. Por isso a investigação ainda
se aprofunda mais. Temos trabalhado na participação de outras pessoas. Com
relação aos funcionários da empresa [terem participação no crime], a gente
continua com a investigação, mas até então não existe nenhuma informação que
leve a crer diretamente a isso. Agora por ser cedo pra dizer isso”, disse a
delegada Ellen Maria.


Suspeito de matar empresária foi apresentado pela Polícia Civil em Campina Grande (Artur Lira/G1)
Segundo os policiais, a vítima não reagiu à abordagem do assaltante. O vidro
do veículo dela estava fechado, a empresária ficou nervosa e não conseguia
abrir, após ser rendida pelo suspeito. Ele então atirou no vidro e acabou
atingindo a mulher. “Ela ficou em pânico, porque quem tem uma arma de fogo
apontada contra si fica em pânico, e ela não conseguia abrir a porta do veículo.
Tratava-se também de uma pessoa idosa. Ele [o suspeito] ficou forçando a porta e
a porta não abria. A partir daí ele decidiu disparar contra o vidro do veículo,
numa decisão totalmente desastrosa, que comprometeu a vida dessa pessoa. Não
houve uma reação dela em dizer: “não abro” ou qualquer outra coisa”, explicou a
delegada.
Não foi levada nenhuma quantia da vítima, apenas uma bolsa que não tinha nada
de valor. Celulares dela estavam no carro e, ao lado do corpo, no carro, estava
a carteira, que tinha R$ 300. “Nenhuma quantia foi levada da vítima.
Infelizmente, isso mostra o absurdo do fato. A vítima não carregava consigo
grande quantia em dinheiro e quantia que levava em uma carteira, essa carteira
caiu no local do crime. A carteira chegou até nós e contia uma quantia em torno
de R$300, que sequer chegou a ser levada pelos criminosos.
A bolsa dela foi
levada, porém não estava com os celulares”, contou Ellen Maria. O preso nega o
crime. Ele trabalhava em uma equipadora, foi detido ao sair do trabalho, depois
de faltar por uma semana no emprego. Segundo a polícia, o homem pintou o cabelo
e ia fugir para Petrolina, no Sertão de Pernambuco, e estava esperando apenas
receber salário para fugir. O jovem de 24 anos é morador do bairro Palmeira e
foi preso por uma equipe da Delegacia Roubos e Furtos (DRF), após quatro dias de
investigação. Ele já tem passagem na polícia pelo crime de violência doméstica.

Carro de empresária bateu após ser vítima ser baleada em Campina Grande (Foto: Reprodução/TV Paraíba/Arquivo)
Segundo a Polícia Civil, o suspeito foi encaminhado para a
Central de Polícia, no bairro Catolé, em Campina Grande, onde está detido. Nesta
quinta-feira (29) ele deve ser encaminhado para uma audiência de custódia. A
Polícia Civil ainda está em busca do segundo suspeito de participação no crime,
que teria pilotado a moto que foi usada na ação.
Relembre o caso
A empresária Célia Márcia Santos Cirne, 69 anos morreu após ser baleada durante um assalto no início da tarde do sábado (24), na Rua Getúlio Vargas, no Centro de Campina Grande. De acordo com a Polícia Militar, a vítima estava saindo de um estacionamento no carro dela, quando foi abordada por dois homens que estavam em uma moto.
A empresária Célia Márcia Santos Cirne, 69 anos morreu após ser baleada durante um assalto no início da tarde do sábado (24), na Rua Getúlio Vargas, no Centro de Campina Grande. De acordo com a Polícia Militar, a vítima estava saindo de um estacionamento no carro dela, quando foi abordada por dois homens que estavam em uma moto.
Segundo a Polícia Militar, um dos suspeitos se aproximou dela,
anunciou o assalto e atirou. Ferida, a empresária ainda bateu o carro após
perder o controle da direção. A empresária Célia Márcia Santos Cirne era irmã do
presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), desembargador
Cláudio Santos.
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