
A governadora anunciou o plano de segurança durante reunião com empresários nesta sexta-feira, 22 - JOSÉ ALDENIR/AGORA RN
A governadora Fátima Bezerra se reúne nesta
segunda-feira, 25, com a especialista sênior do Banco Mundial, Fátima Amazonas,
que deve passar dois dias em Natal, para tratar da participação da instituição
na elaboração do Plano Estadual de Segurança Pública, uma exigência do SUSP –
Sistema Único de Segurança Pública -, criado para formular e executar operações
combinadas nessa área em todo o país. “Queremos deflagrar nosso processo já em março e
concluir o plano até junho antes de qualquer outro estado”, afirmou a
governadora durante a assinatura da revalidação do programa de Apoio ao
Desenvolvimento Industrial (Proadi) para seis empresas potiguares na última
sexta-feira, 22, em solenidade na Casa da Indústria.
Fátima adiantou aos empresários que não quer um
“plano de prateleira” para a segurança, “mas algo que vá para as ruas”, diante
da grave situação em que se encontra o estado também nessa área. Mas a reunião desta segunda-feira também terá como
objetivo manter a prorrogação dos financiamentos do Banco Mundial ao RN, que
vence no ano que vem. A organização é responsável pelo empréstimo de mais de R$
1 bilhão ao Governo do Rio Grande do Norte. O acordo financeiro, aprovado em
2013, é utilizado para estruturação do programa estadual “Governo Cidadão”. A governadora está preocupada especialmente com a
manutenção de investimentos em infraestrutura, já que o Estado encontra-se
atolado em dívidas flutuantes com servidores e fornecedores, que tiram o sono
da administração. Na última sexta-feira, na Fiern, o secretário de
Planejamento e Finanças do estado, Aldemir Freire, disse que a gestão trabalha
para alterar esse perfil de credores de servidores e fornecedores para focá-las
em instituições financeiras, alongando o perfil das dívidas.
Segundo o secretário, a operação de royalties e a
venda da folha “não são suficientes para honrar o passivo com a folha de
pagamento, como não será suficiente para honrar os credores”. Ele detalhou algumas dessas dívidas: “A gente deve
24 milhões à Cosern e a OI; 22 milhões de alimentação dos presos e ontem
(quinta-feira, 21) recebemos o recado da empresa que administra o aeroporto de
Mossoró ameaçando abandonar o aeroporto para receber um atrasado de R$ 193 mil
mensais não pagos há três meses”, revelou. Diante disso, Aldemir disse como a administração tem
agido: “Pago um mês e rolo a dívida”. Para um grupo de empresários, ele confessou que as
dívidas com servidores e fornecedores “é o que nos sufoca”. E acrescentou: “Se
fosse com bancos seria ótimo. Todos os dias eles (servidores e prestadores)
estão lá cobrando. Precisamos trocar o perfil da dívida, migrar do credor e
fornecedor para instituições financeiras. E alongar essa dívida. Alongar a
dívida e trocar os credores”, afirmou.
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