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sexta-feira, 28 de março de 2014

COLUNA DE TULIO LEMOS DO JORNAL DE HOJE…

FORÇA
O deputado Henrique Alves usou o ex-senador Fernando Bezerra como laranja de seu projeto político; descartou o empresário na hora conveniente e hoje assume o que tanto o assustou: a candidatura ao Governo do Estado. O filho de Aluízio teceu a teia que conseguiu aprisionar Wilma de Faria, sua algoz e provável adversária que virou aliada. A candidatura de Henrique nasce para as ruas hoje; e é forte; muito forte politicamente.

POLÍTICO
Uma candidatura carece de força política e densidade eleitoral. A força política que Henrique agrega ao seu nome é gigantesca, pois une tradicionais adversários de peso no mesmo bloco. No aspecto puramente político, o palanque de Henrique transforma-se num verdadeiro rolo compressor.

ELEITORAL
O outro aspecto que precisa ser levado em consideração é o eleitoral, a receptividade que uma candidatura tem junto ao eleitor. Essa receptividade deverá ser medida por pesquisas de intenção de votos após o lançamento e durante o período das convenções. Nem sempre a força política é garantia de respaldo eleitoral. Os exemplos são freqüentes em nossa história recente.

NOME
O nome de Henrique é pesado por opção; enquanto Garibaldi sempre foi ligado ao povo, o filho de Aluízio só quis saber de liderança com mandato. Isso o distanciou do eleitorado, que não o contabilizou na conta de um nome majoritário.

IMAGEM
Henrique Alves passou a vida inteira como deputado federal; transformou missão em profissão e não construiu a imagem de gestor ou mesmo de um político eficiente. Sua fama é de playboy e de alguém que nunca fez nada muito produtivo como parlamentar.

RESULTADO
A imagem negativa de Henrique lhe rendeu duas derrotas para prefeito de Natal, onde contava com toda a força política e estrutura financeira para ser eleito. Perdeu a primeira para Wilma de Faria e a segunda para o candidato de Wilma, o então somente engenheiro Aldo Tinoco Filho. De lá para cá, nunca mais tentou o Executivo.

MUDANÇA
Nenhum político permanece a vida inteira com a mesma imagem. Seja positiva ou negativa. E Henrique tratou de tentar mudar sua imagem negativa. Com méritos próprios, foi eleito presidente da Câmara dos Deputados e tem usado o cargo e sua influência para tentar capitalizar benefícios para o RN. Naturalmente que, ao usar seus veículos de comunicação para dar efeito multiplicador aos feitos, Henrique deve ter melhorado um pouco sua imagem.

RESISTÊNCIA
O provável opositor de Henrique Alves na disputa pelo Governo é Robinson Faria. Não é nenhum exemplo de carisma ou de gestor consagrado. Terá dupla missão: mostrar ao eleitor que sua resistência revela valor importante e que será capaz de solucionar os problemas do Estado de forma competente. Fazer comparativo de imagem com o adversário também poderá lhe beneficiar.

COMPARATIVO
A disputa pela vaga de senadora deverá ser feita na base do comparativo. Wilma de Faria e Fátima Bezerra são diferentes em quase tudo. A imagem positiva poderá ser fundamental para a distinção.

ALIANÇA
Henrique usou com Wilma de Faria o surrado ditado: “Quando não puder derrotar seu inimigo, una-se a ele”. O que será que o povo pensa a respeito disso? A resposta, positiva ou negativa, virá das urnas.

URBANA
Boa parte da imprensa fez estardalhaço de uma semana a respeito da compra de um prédio de R$ 800 mil pelo Ministério Público. Porém, não atua com a mesma intensidade no caso da licitação da Urbana, que vai custar R$ 340 milhões aos cofres públicos. O que é que tá havendo?

URBANA II
Por falar em Urbana, é curiosa a tentativa da diretoria de querer dar visibilidade positiva ao processo de licitação usando instituições. No início, uma simples entrevista foi concedida na sede da Prefeitura; depois, foi usada a sede da OAB para lançar o edital; após constatação de superfaturamento pelo TCE, a estratégia foi por água abaixo. Agora, mesmo o MP do TCE sendo contra o prosseguimento, a direção da Urbana usa o auditório do Ministério Público para abrir as ‘propostas’ das duas empresas. Coisa de profissional.

DINHEIRO
Bem que Sherloquinho disse que uma marquise recheada era vital para satisfazer a turma que gosta da grana reciclada, mesmo que não tenha sido limpa.

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