
O ministro explicou, em reunião na Associação Comercial de São Paulo, que é necessário reformular o Fies (Foto: Rafael Carvalho/MEC
Em reunião com representantes da Associação Comercial de São
Paulo, nesta segunda-feira, 28, na capital paulista, o ministro da Educação,
Mendonça Filho, garantiu que programas de acesso à educação superior, como o
Universidade para Todos (ProUni) e o Programa de Financiamento Estudantil (Fies)
serão mantidos no próximo ano, porém devem ser modificados para garantir
sustentabilidade e eficiência. “Pretendemos reformular o Fies, garantindo a
saúde financeira e o equilíbrio necessários. De acordo com dados publicados
recentemente pelo Tribunal de Contas da União, o que se projeta [para o Fies] é
um rombo estratosférico de abalar a República”, salientou o ministro.
Mendonça garantiu, no entanto, que o governo não pretende mudar
o Fies sem antes discutir as inovações com a sociedade. “Vamos enfatizar a
sustentabilidade. São programas importantes para o país, que não podem ser
usados para ganhos eleitorais”, reiterou Mendonça, lembrando que é preciso
estimular o debate para que o Brasil encare a educação como essencial para o
salto de qualidade de desenvolvimento almejado. “Educação é fundamental para a
justiça social”, concluiu Mendonça Filho.
Valorização – Flexibilização do ensino médio e valorização da
educação profissional também foram abordados durante a reunião. Para Mendonça, o
ensino médio é o grande gargalo da educação brasileira e precisa de reformas
urgentes. “Hoje temos 1,7 milhão de jovens que não estudam nem trabalham, e mais
de 1 milhão de jovens de 17 anos fora do ensino médio. O modelo atual afasta o
estudante da escola”, afirmou o ministro.
O ministro também defendeu a flexibilização do ensino médio,
como forma de aumentar a permanência do jovem nas salas de aula. “Hoje o ensino
médio tem um currículo fixo de três anos para qualquer estudante, o que propomos
é que tenha flexibilidade para que o jovem siga o seu rumo de acordo com sua
vocação e vontade”, disse. Na educação profissional, Mendonça alertou que, no
Brasil, apenas 8% dos jovens têm acesso à educação profissional enquanto fazem o
ensino médio, número muito inferior a países mais desenvolvidos da Europa e da
Ásia, que chegam a ter 40% dos jovens cursando o ensino técnico. “O que norteia
a reforma do ensino médio é a tese de uma base comum e de um itinerário
formativo dentro das vocações do estudante”, disse.
Assessoria de Comunicação Social
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