
A
denúncia, a necessidade de ampliar projetos e, principalmente, os espaços para
que as mulheres vítimas da violência doméstica tenham cada vez mais vez e voz
são algumas das condições para a efetividade da sua dignidade e proteção.
Aliado a isso, a parceria de instituições para fortalecer as políticas públicas
voltadas para a mulher. Isso foi o foco do debate proposto pela Assembleia
Legislativa e realizado na tarde desta sexta-feira (27), em Santana do Matos,
na região Seridó do Rio Grande do Norte. A audiência pública teve como tema “A
dignidade da mulher e a prevenção da violência doméstica”.
A
deputada Cristiane Dantas (PPL) foi propositora do debate, realizado na Câmara
Municipal e inserido nos eventos do projeto “Mulher Viver com Dignidade”, em
viabilizado pela Defensoria Pública do RN e que já está em sua 13ª edição.
Durante toda a manhã, uma série de ações foram realizadas na cidade com o
propósito de levar a essa população serviços de apoio psicológico, social,
financeiro, além de atendimentos de saúde e cidadania.
A
deputada Cristiane Dantas, que lançou em agosto de 2017 a Frente Parlamentar da
Mulher no Legislativo do RN, reforçou esse fórum democrático para debates e
ações concretas que façam valer os direitos das mulheres. “É preciso
proporcionar esse empoderamento. E esse momento aqui, com vários segmentos aqui
presentes, como a prefeitura, Governo do Estado, Tribunal de Justiça e polícias
Civil e Militar, é o de reunir forças, pois aqui estão gestores preocupados em
promover melhorias e dispor espaços para acolher as mulheres em momento tão
delicado”, afirmou a deputada.
Defensora
pública e coordenadora do Núcleo de Defesa da Mulher Vítima de Violência
Doméstica e Familiar (NUDEM), Ana Lúcia Raimundo dedicou seu pronunciamento a
todas as mulheres: “às machucadas demais para revidar; às pobres demais para ir
embora”. A defensora reforçou que a legislação brasileira é a terceira melhor
do mundo e que é preciso desconstruir a cultura machista e construir a igualdade
entre homens e mulheres. “Acreditamos
que a educação é o caminho. Lutamos para que as mulheres se enxerguem no
contexto familiar em que vivem. Elas são vítimas não somente da violência
física, mas psicológica, patrimonial e moral. Essa violência começa com uma
tensão, depois vem a agressão e os ciclos se repetem, até que aconteçam os
crimes de feminicídio”, alertou.
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