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sexta-feira, 8 de junho de 2012

SEM INFRAESTRUTURA, CASA DA ESTUDANTE DE NATAL PODE SER INTERDITADA

As instituições "Casa do Estudante" enfrentam sérias dificuldades para se manter e atender o público que necessita dos seus serviços. As duas unidades localizadas em Natal - uma feminina, outra masculina - clamam por reformas emergenciais que possam alterar a realidade de deficiência com a qual passaram a conviver. No total, mais de 200 estudantes são atendidos pelas instituições. O objetivo da entidade privada sem fins lucrativos é prestar auxílio para os jovens que querem obter formação na capital, assim como em Mossoró e Caicó, mas não possuem moradia nas cidades. No Rio Grande do Norte, há quatro unidades, sendo duas em Natal, uma em Mossoró e outra em Caicó. Em Natal, os estudantes reclamam dos problemas de infraestrutura que não encontram solução. De acordo com o relato dos jovens, a unidade feminina, localizada na Cidade Alta, sofre risco de interdição por parte da Vigilância Sanitária. O prazo para adequações se encerra no próximo dia 12 de junho, mas nenhuma obra foi iniciada até o dia de ontem, quando a equipe de reportagem esteve no local. Os cenários mais críticos são vistos nos banheiros, onde parte do teto desabou e há problemas com instalações hidráulicas.

Cupins consomem a estrutura de madeira na sala de estudos e prejudica as atividades desenvolvidas pelos estudantes. "Já reclamamos muito, mas o jeito é viver.  Não temos dinheiro para alugar apartamentos", relatou Pauline Fidelis, 18 anos, que há 2 dois anos está na Casa. A Casa cobra uma taxa de R$ 30 por mês com o intuito de pagar funcionários responsáveis pela limpeza e alimentação. Para conseguir ingressar no local, é necessário que se apresente atestado de pobreza. O cenário na unidade feminina não é diferente do encontrado na Casa destinada ao público masculino, localizada na praça Coronel Lins Caldas - Cidade Alta. Lá, quem chega percebe a faixa instalada em sua entrada: "A Casa do Estudante pede socorro à sociedade e ao poder Público, estamos com o prédio caindo em nossas cabeças". Luiz Paulo, presidente da Casa, confirma a situação. "Lutamos para conseguir uma reforma. A última ocorreu no ano de 2004. O prédio é considerado antiga, uma construção do século XIX, e necessita de intervenções", afirmou o presidente. Na unidade masculina, dez quartos já foram interditados por decisão dos estudantes em face do perigo iminente. "Há muitas infiltrações. Decidimos em Assembleia, interditar 10 quatros no porão, porque a situação estava insustentável", informou. Luiz Paulo acrescentou que a Secretaria do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social (Sethas) busca prolongar junto ao Ministério Público o prazo determinado para a reforma emergencial.

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