Polícia Civil de Goiás paralisa as atividades em 100% por 24 horas Serviços do IML também estão prejudicados. Categoria que forçar o estado a negociar A Polícia Civil de Goiás decidiu paralisar em 100% as atividades por 24 horas nesta quinta-feira (7). A decisão foi tomada durante assembleia realizada na tarde desta quarta (6). Com isso, a manutenção pela greve, iniciada no dia 17 de setembro, continua por tempo indeterminado. A categoria alegou que, apesar de o serviço de segurança pública ser essencial à sociedade, as negociações não avançaram e isso afeta diretamente os municípios do Entorno do DF, uma das regiões mais violentas do País. O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Goiás, Silveira Alves, explicou que a medida é uma forma de forçar o estado a negociar, uma vez que até o momento não houve contraproposta do governo em relação às reivindicações da classe.
A paralisação total da categoria teve início às 8h e atinge, inclusive, os serviços prestados pelo IML (Instituto Médico Legal). Com a paralisação, mais de 300 ocorrências deixam de ser registradas por dia Para voltar ao trabalho, a categoria quer salário de R$ 7.250 e bônus de produtividade, que, segundo o diretor do Sindicato dos Policiais, Carlos Eduardo Soares, é pago somente para os delegados desde julho do ano passado. — Eles [delegados] estão recebendo 20% a mais por produtividade em cima do trabalho de todos os policiais civis, como se só eles trabalhassem e só eles produzissem. Estamos esperando uma negociação com o governo, que até agora não se posicionou. Seis cidades do Entorno do Distrito Federal estão entre os 90 municípios mais violentos do Brasil, de acordo com o Mapa da Violência 2013 - Homicídios e Juventude no Brasil, divulgado pelo professor Júlio Jacobo Waiselfisz, da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais. Todas as cidades do Entorno que aparecem na lista são do Estado de Goiás.
A mais violenta delas é Luziânia, que ocupa a 21ª colocação do ranking, seguida por Valparaíso de Goiás (40ª), Santo Antônio do Descoberto (68ª), Águas Lindas de Goiás (70ª), Cristalina (74ª) e Cidade Ocidental (90ª). O estudo faz o ranking dos municípios mais violentos no índice de homicídios cometidos a cada 100 mil habitantes, considerando a população do local até o ano de 2011. Um dos casos que chocou uma das cidades da região do Entorno do DF foi a morte da jovem Indayana de Sousa Leite, de 16 anos, que desapareceu em de junho no Jardim ABC, próximo a Cidade Ocidental (GO). O corpo apresentava sinais de estupro e teve a cabeça esfacelada a pauladas, de acordo com informações da polícia. O governo estadual reafirmou que vai cortar o ponto de todos os policiais civis que estão em greve.
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