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sexta-feira, 10 de abril de 2015

COLUNA DE TULIO LEMOS DO JORNAL DE HOJE…

OS100 DIAS
O Governo Robinson Faria completa 100 dias de gestão nesta sexta-feira. Apesar do próprio governador não estipular prazo para ser cobrado ou estabelecer metas específicas em relação ao calendário, simbolicamente os 100 dias representam automaticamente um marco inicial de avaliação.

MUDANÇA
A principal mudança estabelecida na atual gestão deve-se o mérito ao próprio governador Robinson Faria. Mudança de estilo. Iniciou com a negativa de morar em casa oficial paga pelo contribuinte; fez um discurso de posse pregando humildade e passou a visitar locais em que é possível verificar os reais problemas do Estado.

MUDANÇA II
Robinson Faria também demonstrou que havia mudança na governadoria ao descer a rampa e conversar com manifestantes; abrir diálogo com segmentos empresariais, servidores públicos e demais poderes. Pode ser pouco. Mas não é. A mudança de estilo é fundamental para pontuar os demais atos do governante. Reconhecer erros e corrigi-los também foi marcante nesse período.

MUDANÇA III
O governador pontuou seus 100 primeiros dias com mudança no comportamento de governar. Faz-se necessário estabelecer avaliação a respeito de seu comportamento antes mesmo de analisar feitos da gestão. Ficou claro que há um novo governador no RN, simples e aberto ao diálogo. Mas sua gestão não marcada pela perfeição. Nem que tudo que quer ou determina, é resolvido. Nem todos os secretários absorveram o estilo do governante.

VAIDADE
Apesar do governador estabelecer seu estilo, subordinados ainda não saíram do deslumbramento do poder e foram absorvidos pela vaidade inerente ao cargo. Justamente por isso, alguns não respeitam lideranças políticas, não recebem as pessoas, não resolvem os problemas. O desgaste, grande ou pequeno, vai para o governante. Mas a vaidade do auxiliar não permite que ele se comporte como integrante da gestão e observe ranhuras em sua atuação.

ENROLAÇÃO
Outro ponto importante em relação ao comportamento dos auxiliares de primeiro escalão do Governo é saber ouvir e executar as ações determinadas pelo governador. Pelo estilo não arrogante de Robinson, que ‘pede’ ao invés de mandar, alguns não conseguem fazer a leitura que governador determina que se cumpra e não que o secretário fique no ‘enrolation’ sem ação efetiva.

GRANDEZA
Por causa da ausência de lucidez para fazer a leitura das determinações do governador, algumas ações estão simplesmente travadas; não pela burocracia, mas pela burrocracia alimentada pela vaidade. Nesse caso, caberá ao próprio Robinson observar os entraves e determinar execução. Sob pena de desmoralização de sua autoridade.

AVALIAÇÃO
OS 100 dias é pouco tempo para se avaliar uma gestão de 4 anos. A coluna preferiu analisar pontos subjetivos e comportamentais que resultam no sucesso ou fracasso de uma gestão. Porém, os três primeiros meses de Governo são positivos. Diante do quadro em que se encontrava o Estado, é possível avaliar mudanças efetivas em alguns setores. O principal ponto a destacar é a retomada da credibilidade e elevação da auto-estima.

SEGURANÇA
O principal ponto da gestão Robinson Faria que merece destaque é a Segurança Pública. A jovem delegada Kalina Leite assumiu o desafio de comandar uma estrutura problemática e cheia de disputas internas que prejudicam a população. Com habilidade e firmeza, a bela secretária mostrou competência e que pode ‘endurecer sem perder a ternura’.

SEGURANÇA II
O ponto mais positivo de Robinson foi na secretaria mais cobrada e mais problemática. Kalina mostrou rapidez nas ações, comando efetivo de seus subordinados, credibilidade e transparência. Não podemos ainda comemorar um Estado seguro. Mas podemos dizer que Robinson deixou o RN um pouco menos inseguro do que encontrou.

ERRO
Erro de omissão do governador Robinson em relação ao Estado que realmente encontrou. Ele não disse qual a real dívida do Governo. Não serviria para olhar o retrovisor; mas para estabelecer um marco de mudança do ontem para o hoje.

OFICIAL
Há outros pontos positivos nos 100 dias do Governo Robinson Faria que serão abordados oportunamente. Porém, a Comunicação oficial do Governo conseguiu reduzir o impacto de algumas ações com alcance real para contabilizar número de atos; como se quantidade representasse efeito de qualidade. Sem o release oficial, a sensação era de que o Governo havia feito muito mais.

REUNIÕES
Um exemplo do ridículo da comunicação oficial foi contabilizar como ‘ações dos 100 dias’, reuniões realizadas pelo governador com sindicatos ou ministros, sem revelar o que de importante ou de concreto saiu dessas reuniões. Ótima munição para adversários, dada pela própria assessoria do Governo. Ou seja: ‘Robinson botou na prestação de contas as reuniões que teve’. É a ineficiência interna trabalhando contra. E achando que está fazendo muito.

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