O Governo do Rio Grande do Nortedeve decidir, na próxima semana, se decreta situação de emergência em razão da seca que atinge o estado. A medida é avaliada pelo Comitê de Acompanhamento Hídrico, que se reuniu nesta quinta-feira 21 para analisar os dados das secretarias e definir o Plano de Ações de convivência com a estiagem. Atualmente, 75 municípios potiguares já decretaram emergência, e 70 são atendidos pela Operação Carro-Pipa, do Governo Federal.
A possível decretação estadual tem como objetivo acelerar os trâmites burocráticos e garantir mais agilidade nas ações de enfrentamento à crise hídrica, principalmente nas regiões Seridó, Central e Oeste, mais afetadas pela falta de chuvas. Entre as medidas em andamento estão a perfuração de 500 poços até 2026, a construção de quase 500 cisternas, além da recuperação de barragens e a instalação de dessalinizadores. Só o Programa Cisternas prevê 2.487 unidades, que vão beneficiar famílias rurais de baixa renda, sobretudo mulheres e povos tradicionais, com investimento de R$ 15,4 milhões. Nos últimos seis anos, o governo estadual afirma ter colocado em prática o maior programa de segurança hídrica da história do RN.
Entre as obras já entregues e em execução estão: o Complexo Hidrossocial Oiticica, em Jucurutu, que beneficia 1,8 milhão de pessoas; a construção de 1.300 km de adutoras; a recuperação de 28 açudes e barragens; e a instalação de mais de 140 dessalinizadores. De acordo com o secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Paulo Varella, o planejamento considera medidas emergenciais para este ano e também ações estruturantes até 2026. Segundo ele, a baixa recarga dos reservatórios em 2025 pode tornar o próximo ano ainda mais crítico.
Nenhum comentário:
Postar um comentário