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sábado, 26 de maio de 2012

ANESTESISTAS DO RN ESTÃO SEM PAGAMENTO HÁ MESES

“Estamos chegando ao nosso limite”. Foi assim que relatou o presidente da Cooperativa dos Anestesiologistas do Rio Grande do Norte (Coopanest), Frederich Marcques Abreu, durante coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira (25), para falar sobre os atrasos nos pagamentos da prestação de serviços aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) feitos através de contrato entre a Coopanest, Governo do Estado e Prefeitura de Natal. De acordo com o presidente da Cooperativa, são realizados mensalmente uma média de três mil procedimentos eletivos, com exceção dos plantões, e a dívida hoje gira em torno de R$ 2 milhões. Caso o Governo do Estado não regularize o pagamento da prestação do SUS, na primeira quinzena de junho, os anestesiologistas deixarão de realizar os mais de três mil procedimentos mensais. Para complicar ainda mais a situação, o contrato entre a Coopanest e a Prefeitura de Natal termina agora em junho. “Como podemos renovar um contrato sem que tenhamos recebido os valores referentes aos meses atrasados?” indagou o presidente.

Mas diante de uma paralisação, o diretor técnico da Cooperativa, Sergio Lima garante que o atendimento de urgência e emergência será mantido. O presidente da Coopanest, médico Frederich Marcques, disse que o contrato com a prefeitura gira em torno de R$ 1,2 milhão por mês, mas de acordo com a lei das licitações públicas, existe um prazo para que o repasse seja realizado em até 90 dias. “O prazo máximo para pagamento está se esgotando e caso isso aconteça seremos obrigados a paralisar as atividades por ruptura de contrato”, explicou o presidente. Em 2012 os 180 anestesistas que prestam serviço ao SUS nos hospitais públicos e privados de Natal só receberam o equivalente a 80% de um único mês trabalhado, pois a Prefeitura de Natal fez o repasse de 40% referente a janeiro e 40% referente a fevereiro. Os repasses por parte do Governo do Estado, que é a maior fatia, explica o presidente da Cooperativa, de 60%, estão atrasados desde janeiro. A situação se agravou na última semana quando os recursos repassados pelo governo do estado para a conta da Prefeitura de Natal foram bloqueados por determinação judicial para pagar dívidas do município com outra instituição da área da saúde. O repasse era referente aos meses de janeiro e fevereiro.

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