
Uma tubulação da Adutora Médio Oeste rompeu e deixou as cidades
de Campo Grande, Janduís, Messias Targino, Patu, Paraú, Triunfo Potiguar sem o
fornecimento de água. É o que diz a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande
do Norte (Caern). Com a entrada na lista de colapso as cidades estão com a
emissão de contas suspensa. “As fortes chuvas criaram correntezas que deslocaram
a adutora, trazendo danos irreparáveis para os equipamentos”, afirmou a
assessoria de imprensa da Caern.
A região onde é feita a captação da adutora Médio Oeste é de
difícil acesso e fica próximo a uma região com muitas serras. A Caern avalia
medidas para reparar o sistema, mas ainda não é possível prever o prazo de
conserto. Desde o segundo semestre do ano passado que as cidades abastecidas
pela Adutora Médio Oeste estão em rodízio de abastecimento em função da redução
do volume de água no Rio Piranhas/Açu.
R$ 4 bilhões de prejuízo
O Governo do Rio Grande do Norte decretou, por mais 180 dias, a
situação de emergência em 153 municípios do estado – o equivalente a 91,6% das
167 cidades que compõem o território potiguar. O motivo? A pior seca da
histórica do estado, que já causou prejuízo de R$ 4 bilhões. O decreto foi
publicado na quinta-feira (23) no Diário Oficial do Estado (veja AQUI a íntegra
do documento). Esta é a oitava vez seguida de decretação de emergência devido à
estiagem.
Em dezembro, o G1 publicou matéria mostrando que a mais longa e
severa estiagem da história do Rio Grande do Norte está fazendo o maior
reservatório do estado – a barragem Armando Ribeiro Gonçalves – secar. A
reportagem visitou sete cidades onde os canos estão secos ou há rodízio de água
– em uma delas, até uma cidade submersa pela represa reapareceu. A seca afeta
moradores, a produção agropecuária e até o PIB do estado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário