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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

TJ/RN DETERMINA REPASSE INTEGRAL DO ORÇAMENTO DO MINISTÉRIO PÚBLICO

O Pleno do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) julgou ilegal nesta quarta-feira (30) o decreto do Poder Executivo, que reduziu em 10,74% o orçamento do Ministério Público (MPRN) Estadual. Com isso, o Governo terá que repassar integralmente o valor do duodécimo (finanças mensais dos Poderes) do MP. A decisão dos magistrados ocorreu em consonância com entendimento da relatora, desembargadora Maria Zeneide Bezerra. O Pleno julgou o mérito do feito. Isto quer dizer que a liminar (decisão provisória) concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no sentido de suspender decisão anterior do TJRN em favor do Ministério Público perde o efeito.

Ao se manifestar, o Executivo alegou que o Poder Judiciário potiguar é suspeito no julgamento da matéria porque é parte de ação idêntica no STF. Foi argumentado também a falta de interesse processual, uma vez que os repasses estariam sendo realizados conforme determinações judiciais. As alegações não foram acolhidas pelos desembargadores. À unanimidade, foi entendido que as considerações interpostas pelo Ministério Público eram coerentes e plenamente justificáveis. O MPE destacou ainda que as alegações do Governo para os cortes não procedem e mostrou que não há frustração de receita no Estado e os créditos suplementares no valor de R$ 14,3 milhões, editados este ano por excesso de arrecadação, foram prova disso.

Os promotores também destacaram que o duodécimo da Assembleia Legislativa, no ano passado, foi integralmente repassado, ao contrário dos demais Poderes. A ilegalidade do decreto, segundo a desembargadora Zeneide Bezerra, tem um motivador. É que no entendimento da magistrada, o Executivo não poderia impor cortes no orçamento do Ministério Público sem ouvi-lo antes, considerar os percentuais da instituição e onde poderiam ser feitas tais reduções. “Não acolher o pedido seria o mesmo que admitir o não funcionamento de uma instituição de tamanha importância como o Ministério Público”, destacou a desembargadora, tendo sido acompanhada pelos demais magistrados presentes no Pleno.

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