Erica De Sena sobe no pódio para receber a medalha de prata da marcha atlética Leia mais Alejandro Ernesto/EFE
Os Jogos Pan-Americanos de Toronto terminaram neste domingo (26) com festa no Rogers Centre, o estádio de beisebol da cidade. Para o Brasil, há motivos para comemorar.O país cumpriu a meta estabelecida pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB): foram 141 pódios, exatamente o mesmo obtido em Guadalajara-2011. E o terceiro lugar no quadro de medalhas. Mais do que isso: foi a primeira vez que o Brasil ficou à frente de Cuba desde 1967. "Nossa meta era ficar entre os três no quadro de medalhas. E, tirando os três primeiros dias, em que Venezuela, Colômbia e México fizeram uma graça, em função do calendário, nós dominamos o terceiro lugar. Desde 2007 não saímos dessa posição. E desde Winnipeg-1967 não ficávamos à frente de Cuba. Estamos saindo daqui com o primeiro lugar com os esportes coletivos. Estamos levando para casa 300 medalhistas", diz Marcus Vinícius Freire, superintendente do COB. "Chego neste domingo, depois de um mês, super satisfeito com o que a delegação entregou. Lembrando que é uma das delegações mais jovens que já tivemos em Jogos Pan-Americanos. Quase 70% dos atletas têm 25 anos ou menos", completou.
Juliana dos Santos exibe a medalha de ouro conquista nos 5.000m feminino Leia mais Danilo Verpa/Folhapress
Mesmo assim, não é possível negar que o sinal de alerta acendeu em alguns pontos. Principalmente se lembrarmos que, em pouco menos de um ano, o Brasil será a sede dos Jogos Olímpicos com a expectativa da melhor performance de sua história. No Pan do México, foram 48 medalhas de ouro. No do Canadá, o país sagrou-se campeão 41 vezes. Esportes em que os brasileiros sempre apostaram decepcionaram. Com só um ouro (de Juliana dos Santos nos 5,000 metros), o atletismo teve um dos piores Pans de sua história - como comparação, em 2011 foram dez de ouro. O judô repetiu o número de medalhas (13), mas conquistou um ouro a menos (6 a 5). A vela levou um tombo maior: de 5 ouros foi para 2 títulos pan-americanos no Lago Ontário. O vôlei também caiu bem. Foi o preço de jogar sem suas equipes principais. Há quatro anos, ganhou tudo na quadra e também na areia. Desta vez, passou em branco no topo do pódio. Por outro lado, o país ganhou em modalidades em que nunca tinha brilhado antes. Foram, por exemplo, três ouros na canoagem - dois do fenômeno Isaquias Queiroz. Há quatro anos, não ganhou nenhuma prova na modalidade. No tênis de mesa, o país dominou o pódio masculino, vencendo por equipes e ocupando os três lugares no pódio, com ouro de Hugo Calderano, prata de Gustavo Tsuboi e bronze de Tiago Monteiro. No tiro, foram três ouros, com duas performances notáveis, de Felipe Wu e Cássio Rippel. Sem contar os três ouros do caratê e o inesperado título de Marcelo Stuartz no boliche.
Quadro de Medalhas – TORONTO/CANADÁ 2015
1º | Estados Unidos | 103 | 81 | 81 | 265 |
2º | Canadá | 78 | 69 | 70 | 217 |
3º | Brasil | 41 | 40 | 60 | 141 |
4º | Cuba | 36 | 27 | 34 | 97 |
5º | Colômbia | 27 | 14 | 31 | 72 |
6º | México | 22 | 30 | 43 | 95 |
7º | Argentina | 15 | 29 | 31 | 75 |
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