
A arrecadação
das receitas federais somou R$ 119,951 bilhões, em agosto de 2019,
informou hoje (24) a Secretaria da Receita Federal do Ministério da
Economia. O crescimento real (descontada a inflação), comparado ao mesmo mês de
2018, chegou a 5,67%. É o maior resultado para o mês desde agosto de 2014 (R$
124,372 bilhões). Nos oito meses
do ano, a arrecadação chegou R$ 1,015 trilhão, com aumento real de 2,39%. O
valor corrigido pela inflação chegou a R$ 1,023 trilhão, o maior volume
arrecadado no período também desde 2014, quando chegou a R$ 1,030 trilhão em
valores corrigidos pela inflação. Segundo o
chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita, Claudemir
Malaquias, em agosto, assim como em julho, o resultado foi influenciado
pela arrecadação de receitas extraordinárias de aproximadamente R$ 5,2 bilhões
com Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e da Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido.
De acordo com
Malaquias, isso aconteceu devido a reorganizações societárias, em que há
incidência dos tributos sobre o ganho de capital com a nova organização
societária das empresas. Ele acrescentou que esse movimento ocorre em momento
de recuperação da atividade econômica. Em julho, essa arrecadação
extraordinária ficou em R$ 3,2 bilhões. Malaquias acrescentou que essas
reorganizações ocorrem em grandes empresas, entre elas, estatais. Segundo ele,
se o governo mantiver o empenho em realizar mais privatizações, isso dará mais
impulso à arrecadação.Ele afirmou
ainda que “o desemprenho da arrecadação está bem superior ao ritmo de retomada
da economia”. “Os indicadores macroeconômicos mostram que temos um ritmo de
atividade econômica mais dinâmico do que em 2018 e isso está refletindo na
arrecadação”, disse. De acordo com
a Receita, também houve influência do crescimento do ganho de capital na venda
de bens e de ganhos líquidos em operações em bolsa, refletindo na arrecadação.
A Receita também registrou crescimento da arrecadação do Imposto sobre
Operações Financeiras (IOF) em razão do aumento do volume de operações de
crédito.
Receitas
administradas pela Receita
As receitas
administradas pela Receita Federal (como impostos e contribuições) chegaram a
R$ 117,533 bilhões, em agosto, com aumento real de 6,02%, e acumularam R$
971,817 bilhões nos oito meses do ano, alta de 2,11%. As receitas
administradas por outros órgãos (principalmente royalties do
petróleo) registraram queda em agosto. Essas receitas totalizaram R$ 2,418
bilhões, no mês passado, com retração de 5,86% em relação a agosto de 2018. De
janeiro a agosto, o total chegou a R$ 43,464 bilhões, com aumento real de
8,98%, na comparação com o mesmo período do ano passado.
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