
Segundo Nota da Confederação Nacional dos 
Trabalhadores em Educação - CNTE -, estados e municípios, no geral, têm 
condições financeiras de reajustar a partir de primeiro de janeiro de 2016 o 
Piso Nacional do Magistério em 11,36%, índice inclusive já negociado antes com o 
ministro Mercadante. 
Neste sentido: "A assessoria técnica da 
SASE/MEC apresentou estudo do FNDE demonstrando que o repasse do FUNDEB nos 
últimos 5 anos está equilibrado à previsão de receita e despesa dos municípios, 
contrapondo-se aos relatórios do Conselho Nacional de Política Fazendária 
(Confaz) e Confederação Nacional dos Municípios (CNM), em que há uma grande 
defasagem entre o que é previsto e o que é executado". Ou seja, prefeitos e 
governadores mentem quando dizem que não podem pagar.
*Leia com a atenção a íntegra da Nota da 
CNTE:
Com o propósito de alinhar 
informações que subsidiem o debate sobre a metodologia para o reajuste do Piso 
Salarial do Magistério foi realizada na última sexta-feira, 18 de dezembro, a 
segunda reunião do fórum de negociação do Piso com a presença de representantes 
do MEC (SASE), INEP, FNDE e Undime, CNTE e Consed.
O Secretário da SASE, Binho Marques, conduziu a 
reunião e afirmou que o Fórum deve identificar a possibilidade de negociação e 
contribuir para uma agenda positiva sobre o tema onde não haja retrocesso. “Esse 
fórum é muito qualificado e tem condições de pactuar melhores condições de 
remuneração”, disse Marques. A assessoria técnica da SASE/MEC apresentou estudo 
do FNDE demonstrando que o repasse do FUNDEB nos últimos 5 anos está equilibrado 
à previsão de receita e despesa dos municípios, contrapondo-se aos relatórios do 
Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) e Confederação Nacional dos 
Municípios (CNM), em que há uma grande defasagem entre o que é previsto e o que 
é executado. Diante da divergência de dados, o Fórum deliberou que deverá ser 
criado um grupo de trabalho com o apoio de técnicos para analisar a 
questão.
O assessor técnico do SASE, Sérgio Roberto, 
apresentou um exemplo do município brasileiro cuja realidade local do plano 
carreira do magistério se assemelha a vários municípios no País. De fato 
positivo, a tendência de melhora na formação, uma vez que boa parte dos 
profissionais está concentrada no nível três da carreira, com pós-graduação. Por 
outro lado, estudo também mostrou que há uma discrepância entre as horas 
ofertadas para a docência e o elevado número de profissionais. Essa diferença 
gera uma despesa alta e desnecessária na folha de pagamentos, que pode exercer 
um impacto negativo sobre o pagamento do valor do piso. O presidente da CNTE, 
Roberto Leão, elogiou a apresentação. “Essa tabela permite fazer uma avaliação 
bem próxima a realidade. O MEC tem condições de criar parâmetros para a 
construção das carreiras e interferir como deverão ser constituídas as equipes 
pedagógicas”.
Reajuste - A reunião também 
tratou do índice de reajuste do Piso do Magistério para janeiro de 2016, de 
11,36%, pago aos profissionais em início de carreira, formação de nível médio e 
carga horária de 40 horas semanais. O vice-presidente da CNTE Milton Canuto 
disse que, baseado na arrecadação até o dia 17 de dezembro disponível no site da 
Secretaria do Tesouro Nacional (STN), está correta a previsão do percentual 
divulgado em novembro. Já os representantes da Undime, Alesso Costa, e Consed, 
Eduardo Deschamps, sugeriram que o MEC solicite que a STN divulgue uma nota 
técnica sobre a necessidade de emitir uma nova portaria com o percentual de 
reajuste a ser aplicado.
 
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