Vítima de um câncer, morreu ontem (28), aos 66
anos, no Rio de Janeiro, a médica, ex-reitora da Universidade Estadual do Rio
de Janeiro (Uerj), ex-dirigente da Fundação Ford no Brasil e ex-ministra da
Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), Nilcéa Freire, cuja carreira
foi dedicada principalmente à defesa dos direitos das mulheres. Como ministra, entre 2004 e 2011, ela esteve à
frente do processo de discussão e articulação para a promulgação da Lei Maria
da Penha (Lei 11.340/2006), cuja implementação seguiu defendendo mesmo após
deixar a pasta, integrando o grupo de interlocução da Organização das Nações
Unidas - ONU Mulheres Brasil - sobre a avaliação da implementação da lei.
Na Uerj, Nilcéa foi a primeira mulher a ocupar o
cargo de reitora em universidade pública do estado, de 2000 a 2004. Na Fundação
Ford, colaborou para a viabilidade de ações em favor dos direitos das mulheres,
como na resposta à epidemia do vírus zika. "Foi uma mulher decisiva em uma série de
agendas pelos direitos das mulheres brasileiras em colaboração com as mulheres
do mundo. Exemplar no exercício de funções públicas, deixa legado honroso. É
uma inspiração para muitas mulheres e meninas no Brasil e no mundo",
disse, em nota, a representante da ONU Mulheres Brasil, Anastasia Divinskaya. Neste domingo (29), diversos políticos, ativistas e
movimentos sociais prestaram homenagens e manifestaram nas redes sociais pesar
pela morte de Nilcéa.
Fonte Agência Brasil
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