DESEMPENHO – TULIO LEMOS
Positiva a entrevista do deputado Henrique Alves, hoje pela manhã, ao jornalista Alex Viana, na 94 FM. Articulado, o filho de Aluízio deu o rumo de sua campanha, sinalizando que vai evitar o confronto direto com adversários e vai direcionar seu discurso ao que conseguiu fazer pelo RN como presidente da Câmara.
NÍVEL
Henrique afirmou que vai manter um debate de alto nível durante a campanha. Pela experiência, ele mesmo sabe que nem sempre é possível. Mas sua estratégia é justamente ficar longe de ‘bola dividida’ ou situação ‘indigesta’. Afinal, ele tem muito mais a perder se houver discussão mais acalorada sobre passado ou postura. Por enquanto, ele tem se saído muito bem ao se esquivar dos confrontos.
ATAQUE
A tropa de choque de Rosalba na reunião do DEM, prevista para segunda-feira, será comandada pelo ex-deputado Ney Lopes, que contará com auxílio luxuoso do deputado estadual Getúlio Rêgo, excelente argumentador, que fará sua estréia na condição de oposição ao que quer seu líder ou ex-líder José Agripino.
MUDANÇA
Os agripinistas até entendem e compreendem a posição de Ney Lopes em defesa de Rosalba contra Agripino. Para eles, Ney tem seus motivos, a começar pelo cargo de Ney Jr. no Procon Estadual. Porém, a quase reencarnação do ‘lourismo’ não aceita a mudança de Getúlio Rêgo, considerado um irmão para Agripino. O que terá havido com o pai de Leonardo? Esse é o grande questionamento do agripinismo.
ESPERANÇA
A mudança de posição de Getúlio Rêgo, eterno e cego defensor de José Agripino, que passou a ser um soldado de Rosalba na luta interna do DEM, é o fio de esperança que alimenta o sonho do casal governador Rosalba e Carlos Augusto. Afinal, se até Getúlio capitulou à força do Governo, imagine o resto.
ARMAS
O grupo de Rosalba está se armando para enfrentar os correligionários do senador José Agripino na reunião de segunda. Buscam argumentos que convençam da viabilidade da Rosa para tentar a reeleição. Reverter os inquestionáveis argumentos de rejeição popular, isolamento político e inelegibilidade, não será fácil.
PASSADO
Pesa contra o casal governador, o fato de ter isolado o grupo de Agripino desde o início da gestão. A Rosa cedeu apenas dois espaços para o marido de Dona Anita na formação do secretariado: secretaria de Administração, ou fiscal da folha de pagamento, onde Agripino alojou o competente Manoel Pereira, que foi subutilizado e depois pediu para sair.
ESPAÇOS
O outro ‘cargo’ que Carlos Augusto deu para Agripino indicar foi o esvaziado DER, onde Demétrio Torres assumiu sem força e sem verba; não saiu da gestão porque depois acumulou a secretaria da Copa; e o outro cargo de ‘importância’ foi a secretaria de Articulação, onde o experiente e competente Esdras Alves foi alojado num cubículo sem orçamento e sem qualquer atribuição real. Ou seja: o grupo mais ligado a Agripino foi praticamente humilhado por Rosalba.
TRAIÇÃO
A turma do Governo que defende a candidatura suicida de Rosalba, quer chamar Agripino de traidor, por deixar a candidata de seu partido para se aliar aos adversários. Não deixa de ser verdade, mas o passado de distanciamento e o presente de inviabilidade, terminam deixando o argumento emocional menos potente do que realmente seria.
POSSE
A posse de Francisco José Jr., o Silveirinha, na Prefeitura de Mossoró, na noite de ontem, é um marco na história da cidade. Simples, humilde, sem grandes pretensões na política, ele foi beneficiado por uma série de fatores e teve o mérito de aglutinar forças e conseguir derrotar as tradicionais e forte lideranças do município. Silveira é um divisor de águas em Mossoró; justamente por isso, está proibido de errar; tem que acertar mais do que os outros e se consolidar como gestor.
AGENDA
A agenda da ex-governadora Wilma de Faria e do deputado Henrique Alves é toda voltada para eventos públicos, de preferência, políticos-eleitorais. Estranhamente, os dois candidatos previram participação em dois eventos da Justiça: Um em Jucurutu e outro em Areia Branca. Depois, os dois vão para Macau, onde participam de inauguração de um posto de saúde da Prefeitura.
PRESENÇA
A presença de Henrique em inaugurações no interior até pode ser justificada, pela sua condição de presidente da Câmara. A de Wilma, na condição de vice-prefeita de Natal, não apresenta justificativa; a não ser antecipar suas aparições com explícito interesse eleitoral.