Reviravolta na escola
O governo anunciou uma
reviravolta no falido modelo que vigora no Brasil. Bem aproveitada, pode ser uma
chance de tornar a escola mais flexível e atraente. Na quinta-feira (22), o
governo lançou uma medida provisória em Brasília com uma notícia que teve o
efeito de um tsunami sobre pais, estudantes, professores e círculos
especializados: o velho ensino médio será posto do avesso.
O assunto
suplantou qualquer outro nas redes sociais e gerou dúvidas e mais dúvidas. A
mais básica é se a proposta do governo deve ou não ser celebrada. Se as
promessas que a MP embute se concretizarem, sim, haverá extraordinários avanços
a partir de 2018.
Operação mãos sujas
A tentativa dos políticos de
barrar a Lava Jato. Desde a sua deflagração, em março de 2014, a operação
Lava-Jato enfrenta adversários poderosos. O PT acusou o juiz Sergio Moro de ser
uma marionete a serviço das multinacionais do petróleo ávidas para abocanhar as
reservas do pré-sal. O governo de Dilma Rousseff tentou emplacar juiz em
tribunal superior com a missão de soltar empreiteiros presos dispostos a abrir o
bico. Numa manobra suprapartidária, parlamentares tentaram aprovar medidas para
restringir acordos de delação e manietar a Polícia Federal e o Ministério
Público.
Advogados de bancas abastadas lançaram manifesto comparando a Lava-Jato
às barbaridades da Inquisição. Todas as manobras tinham o objetivo de “estancar essa sangria”,
para ficar na definição imortal do senador Romero Jucá, presidente do PMDB e um
dos investigados no caso. Uma ofensiva vexaminosa ocorreu na segunda-feira
passada, quando a Câmara tentou aprovar uma anistia para quem fez caixa dois nas
últimas campanhas eleitorais. A ideia era formalizá-lo na calada da noite, sem
publicidade, e aprová-lo a toque de caixa, à sorrelfa da opinião pública. O
plano só não deu certo porque deputados do PSOL e da Rede, a combativa minoria
do Parlamento, descobriram e denunciaram a manobra.
Época
PT e PMDB: o consórcio Petrolão
A Lava Jato produz
provas que levam à conclusão: o esquema foi uma sociedade entre os dois
partidos. A nova etapa das investigações forneceu as provas mais fortes do que
já aparecera, em menor grau, em outros momentos da Lava Jato: o petrolão era um
consórcio entre PT e PMDB. O PT, por ter a Presidência da República, era o sócio
majoritário. O PMDB, por ter a base parlamentar mais influente e, no governo
Dilma Rousseff, a Vice-Presidência, era o sócio minoritário. Havia outros
sócios, embora bem menores: o PP de Paulo Roberto Costa e o PTB de Fernando
Collor (o senador mudou de partido depois).
Após dois anos e meio de investigações, não restam dúvidas
de que havia uma sofisticada organização criminosa em operação na Petrobras – e
não apenas nela. O montanhoso corpo de provas que emerge da maior investigação
já feita no Brasil revela, em minúcias, como funcionava a corrupção promovida
pelo grupo que assaltava a estatal.
Eleições 2016
O PT encolhe, os evangélicos avançam e
o PSDB muda de cara.
Na última eleição para prefeito, não havia Lava Jato,
manifestações ou brigas nas redes sociais.
IstoéO golpe de R$ 2 bilhões nos aposentados da
Caixa
Documentos e áudios obtidos por Istoé revelam como diretores do
fundo de pensão da Caixa, pressionados por dirigentes petistas, entre eles o
ex-tesoureiro João Vaccari, aprovaram investimentos prejudiciais à instituição
que beneficiaram aliados e a OAS, de Léo Pinheiro, implicada no
Petrolão.
Aparelhados pelos partidos políticos durante a era petista, os
fundos de pensão das estatais e empresas federais se tornaram alvo de uma
megainvestigação da Procuradoria do Distrito Federal sobre desvios de recursos
que lesaram os aposentados em R$ 8 bilhões. Trata-se da Operação Greenfield, que
cumpriu, no último dia 5, um conjunto de 28 mandados de condução coercitiva,
sete de prisões temporárias e 106 de buscas e apreensão.
Desacato à
autoridade vai virar regra no caso Lula?
Acuado após se tornar réu pela segunda vez na terça-feira 20
por ter recebido propina da OAS, Lula aposta em deslegitimar as instituições e o
estado democrático para escapar da prisão iminente, mesmo que isto leve o País
ao caos. Não conseguindo desmentir as provas de que se beneficiou dos desvios da
Petrobras, ele parte para o confronto contra os acusadores, numa escalada de
desacatos às autoridades sem precedentes na história
recente.
CartaCapital
O Brasil à venda
A redescoberta,
500 anos depois.
Mino Carta
A normalidade da demência.
Celso
Amorim
O futuro do socialismo democrático.
Economia
Não
mudam as razões da crise mundial.