Em uma extensa reportagem sobre a atual situação do ITEP-RN a Tribuna do Norte traça o que podemos chamar de radiografia do caos do instituto. O órgão que deveria funcionar com status de excelência, já que dele depende a solução de alguns dos crimes mais bárbaros do estado, funciona na base do improviso e sucateamento.

Instrumento de trabalho dos legistas: Serra, faca-peixeira,
trinchetes e martelo para fazer necropsia (foto Alex Regis)
Em um dos trechos, a reportagem fala que as cobranças relacionadas à melhoria da estrutura do Itep em todo o Rio Grande do Norte são antigas. O Ofício nº 065/2003, assinado pelo então promotor de Justiça do Município de Cruzeta, Morton Luiz Faria de Medeiros, apontou falhas nas perícias criminais em um homicídio ocorrido na cidade e pedia providências imediatas para a base do Itep em Caicó. "Dentre os principais problemas, figuram a ausência de foto do cadáver, a insistência do uso da figura do "perito revisor", a ausência quase completa da análise criminalística, morosidade na realização de exames e precariedade de informações consignadas no laudo", relatou o promotor à época.
Quase dez anos depois, a situação é praticamente a mesma e não se resume ao Instituto baseado em Caicó. Em Natal e Mossoró, os necrotomistas utilizam facas peixeira para realizarem a abertura dos corpos a serem autopsiados. Este, porém, não é o único improviso. Na sede do Itep, em Natal, os aparelhos utilizados para a realização dos exames cadavéricos são acondicionados em locais sem proteção. No Laboratório de Toxicologia, as seringas utilizadas em testes para identificação de substâncias voláteis em amostras de sangue, vísceras, urinas e tecidos (compostos celulares), são descartadas em uma garrafa pet.
Para ler a reportagem completa sobre o caos no ITEP, clique AQUI