PARTIDO
A ex-governadora Wilma de Faria, assim como os demais dirigentes partidários, nunca respeitou posicionamento do partido, mas diz que o partido é que vai decidir seu futuro político. Balela. Quando o PSB queria Rogério Marinho para prefeito de Natal, Wilma usou o rolo compressor governista e atropelou a candidatura do filho de Valério para apoiar Fátima Bezerra.
PASSADO
O PMDB também fez o mesmo. Hermano Morais foi considerado o candidato irreversível somente por uma semana. Depois, foi atropelado para Henrique anunciar apoio a Fátima. O PT também não foi diferente. Havia inscrição de candidaturas e os nomes já estavam postos. Fátima veio de cima para baixo, atropelou as decisões internas e foi ‘ungida’ candidata do partido.
DECISÃO
Portanto, as decisões partidárias são tomadas apenas para referendar o que os proprietários de partido desejam. Caso Wilma queira ser candidata a governador, não será uma ou outra voz isolada que vai lhe tirar esse direito; o mesmo vale para Robinson Faria no PSD, Henrique no PMDB e Rosalba no DEM. O resto é jogo de cena.
RECLAMAÇÃO
O vice-governador Robinson Faria andou reclamando que Wilma visitou Henrique: “Oposição tem que dialogar com a oposição”. Será que o pai de Fábio reclamou com o espelho? Afinal, faz pouco mais de uma semana que Robinson almoçou com Garibaldi e jantou com Henrique em Brasília. Quer dizer que ele pode e ela não?
COERENTE
A vereadora Júlia Arruda revela diferencial em relação a alguns colegas dessa e de outras legislaturas. Não vai mudar de opinião e voto pelo fato de ter mudado da oposição para a situação. É digno de registro. Afinal, sempre que há ‘chave de roda’ de Governo, parlamentares mudam imediatamente. A filha de Leonardo vai manter posição e não vai ceder às pressões.
PERSEGUIÇÃO
Produtores que entraram em contato com a coluna, afirmam que o Banco do Nordeste, mesmo suspendendo algumas execuções, ainda mantém o nome de produtores no SCP e Serasa, prejudicando quem busca crédito no momento de dificuldades. Será essa a ajuda do Governo ao homem do campo?
POSIÇÃO
A OAB ‘decidiu’ se manifestar em relação ao fato de um advogado ter feito uma comunicação oficial a respeito de um integrante da lista sêxtupla. Emitiu uma nota que mais parece um discurso em defesa do candidato de Rosalba a desembargador. Uma nota cheia de ameaças, incompatível com a história da própria Ordem.
HONRA
A nota da OAB fala em “combater efusivamente ataques contra a honra de quaisquer dos candidatos ou que visem tumultuar o processo de escolha, bem como fazer registrar que serão adotadas as medidas cabíveis”. Em nenhum momento a nota explicita qual foi o ataque cometido contra a honra.
ESCÁRNIO
Outrora defensora da liberdade de expressão, a OAB confunde a todos quando se posiciona contra a mídia: “Causa espécie o escárnio midiático que vise atingir um ou outro candidato por meio de divulgação precipitada nos diversos meios de mídias”. Qual foi o escárnio cometido? Por quem? De que forma? Para beneficiar quem?
ATENTADO
A nota emocional da OAB termina com um tom ameaçador: “Que quem atente contra a violação do Estado Democrático de Direito e das prerrogativas dos advogados, desrespeitando qualquer candidato será tomada as medidas judiciais e/ou administrativas a espécie”.
REALIDADE
Saindo do emocional que tomou conta da nota da OAB, é preciso reforçar o que está havendo: Um advogado, legitimado pela liberdade de expressão, informou, pela via oficial, que um candidato a desembargador não preencheria os requisitos básicos para exercer o cargo. Assinou o ofício e assumiu a responsabilidade pelo que informou.
VERDADE
Em nenhum momento, nem a OAB ou qualquer outra entidade ou mesmo advogado, questionou o que foi dito oficialmente. Pelo contrário: O próprio advogado Glauber Rêgo confessou que realmente não havia passado nos concursos. Portanto, o que foi comunicado oficialmente é um fato verdadeiro. Não passar em concurso demonstra realmente ausência de conhecimento técnico. Mas comunicar que alguém não passou em concurso jamais pode ser confundido com atentado à “violação do Estado Democrático de Direito” ou qualquer ofensa à honra. É a primeira vez que alguém tenta ocupar um cargo público e é blindado por uma instituição que deveria questionar cada detalhe de sua vida.