VITÓRIA
O resultado final da eleição suplementar em Mossoró mostrou que a vitória de Silveira Jr. foi maiúscula e inquestionável. Ele recebeu a maior votação da história de Mossoró, superando até Rosalba, Fafá Rosado e Cláudia Regina.
QUEDA
Larissa Rosado, que havia disputado de forma mais equilibrada o pleito de 2012, terminou a eleição suplementar com uma derrota gigantesca e viu seu capital eleitoral ser reduzido em quase 20% de um pleito para o outro. Em 2012, Larissa obteve 63.309 votos, correspondente a 46,97%. Em 2014, recebeu 37.053 votos, ou 27,55%. Ou seja: Larissa perdeu 19% da votação, correspondente a 26.256 votos. A maioria de Silveira sobre Larissa foi superior a 30 mil votos.
REPERCUSSÃO
Inevitável a avaliação de que o acordão foi derrotado em seu primeiro teste eleitoral. Afinal, os palanques estaduais estavam claramente reproduzidos em Mossoró. Robinson Faria e Fátima Bezerra foram vitoriosos na disputa contra os candidatos de Henrique Alves e Wilma de Faria. Isso é fato. Porém, as lideranças dos dois partidos derrotados, apressaram-se em tentar minimizar a importância de uma derrota no maior colégio eleitoral do interior do Estado.
INFLUÊNCIA
A derrota do acordão em Mossoró não significa que terá efeito multiplicador automático. Afinal, cada eleição conta sua própria história. Porém, ficou claro que há cansaço do eleitor com as oligarquias e que é possível vencer o poderio das grandes lideranças.
UNIÃO
No último dia de movimentação política em Mossoró, o deputado Henrique Alves pediu abertamente o voto dos eleitores de Cláudia Regina: “A gente soma o 15 do meu PMDB com o 25 do seu DEM e dá 40, que é nº do PSB e do voto em Larissa”. O eleitor mossoroense não atendeu ao apelo do filho de Aluízio.
ESTELIONATO
A presença de Henrique Alves e Wilma de Faria no palanque de Larissa, mesmo sabendo que a candidatura dela não existia legalmente, foi a materialização do estelionato eleitoral que os políticos tentaram impor ao eleitorado mossoroense e foi rechaçado com a maior votação da história do município.
MUDANÇA
Outro componente que deve ter pesado na escolha do eleitor de Mossoró foi a mudança imposta pela nova aliança. Em 2012, Henrique pediu voto para Cláudia Regina contra Larissa e até ameaçou processar a filha de Sandra pela utilização da cor verde. Pouco mais de um ano depois, Henrique vai a Mossoró pedir votos para Larissa. O problema é que os políticos acham que o eleitor é como eles, que não têm o menor pudor em relação à mudança de discurso. E não é. O eleitor é muito mais coerente do que os políticos.
JUSTIÇA
Alguns interessados no distanciamento da Justiça Eleitoral em Mossoró, fizeram todo tipo de pressão para tentar intimidar o juiz Herval Sampaio. Não adiantou. O magistrado comandou o pleito com rigor e igualdade no tratamento, para decepção daqueles que acham que Justiça só é boa quando lhe é favorável.
FRAUDE
Nunca é demais reforçar que o Judiciário só interfere no pleito eleitoral quando os políticos, protagonistas da disputa, fraudam a vontade do eleitor. Ou seja: como dizer que a vontade do eleitor foi respeitada se o pleito foi contaminado pela corrupção? Criticar a Justiça Eleitoral em nome da ‘vontade do povo’ é chancelar a compra de voto.
PUBLICIDADE
A coluna recebeu e-mail de Edna Fagundes: “Olá Túlio! Toda vez que a publicidade do governo do estado é exibida, seja no rádio ou tv, sinto asco. E movida por esta sensação escrevi esta reflexão, é provável que algumas pessoas concordem comigo: O elefante está desgovernado. É uma visão límpida como são as águas de uma fonte cristalina, mas …”se fulano falou [qualquer baboseira] tá falado” e ”tem obra [inacabada] pra todo lado””.
PUBLICIDADE II
Segue o e-mail da leitora: “Esta publicidade do governo do estado é para inglês ver, sem falar que é de quinta categoria! Uma porcaria! A criatividade dessa gente não conhece limites, de onde tiram tanta mentira?
Onde arranjam pessoas dispostas a desempenharem o ridículo papel de cantar em verso e prosa os benefícios supostamente trazidos pelo governo?! Gente, quanto cinismo, hipocrisia e desfaçatez… Isso irrita profundamente os cidadãos esclarecidos! Contudo, aborrece menos do que saber que pagamos a caríssima conta dessa pantomima”.
PUBLICDADE III
A leitora conclui: “Mais justo, útil e necessário seria aplicar estes recursos num trabalho pedagógico de sérias campanhas educativas alertando os norteriograndenses acerca, por exemplo, dos riscos e consequências do tabagismo, do sedentarismo; prevenção e cuidados com a elevada irradiação solar a qual estamos submetidos; programas enaltecendo e incentivando práticas sustentáveis como redução do consumo de energia elétrica e água, coleta seletiva do lixo, descarte adequado de lixo eletrônico; enfim sobre direitos do cidadão. Nada disso é visto como relevante”.