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sábado, 5 de maio de 2012

ALIMENTO PARA O REBANHO POTIGUAR PODE FALTAR ATÉ NOS MERCADOS

A falta de alimento para os rebanhos do semiárido não acontece apenas nos pastos. A grande procura por resíduos e farelos começa a provocar a falta, também, nos armazéns, fazendo o preço disparar. A saca que custava R$ 36,00 já subiu para R$ 47,00 e se não melhorar, pode ficar ainda mais caro. O problema é que parte desse alimento vem da Bahia, que também sofre com a seca, e do Goiás, onde o frete é mais caro. Sem falar que as mudanças climáticas também podem afetar o Centro-Oeste do país. De acordo com o comerciante Novinho Praxedes, que abastece os pecuaristas de Caraúbas e quase todo o Médio Oeste, a esperança é que depois de junho, havendo safra nessas regiões, o preço desse produto volte à casa dos R$ 37,00.

Porém, ele sabe que até lá muito gado pode morrer por subnutrição e até fome, isso porque, além de pesar no bolso do pequeno criador, o médio comerciante não consegue atender a demanda. Só no armazém de Praxedes, mais de duas mil sacas são vendidas todo mês. A Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) anunciou que o Rio Grande do Norte receberá 17 mil toneladas de milho para reabastecer o estoque de seus armazéns e atender a demanda de alimentação dos rebanhos das microrregiões de Natal, Caicó, Assú, Mossoró e Currais Novos. Para atender o Médio e Alto Oeste, a Companhia estuda a reabertura do armazém de Umarizal. No entanto, reabrir essa unidade não é tão fácil quanto se anuncia. De acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Olho D'água do Borges, Aurinete Lima, o próprio governo está incentivando os agricultores a fazer um abaixo-assinado com pelo menos cinco mil assinaturas, para tentar sensibilizar o próprio governo. A ideia não está agradando os sindicalistas, que não acreditam que esse milho chegue para atender aos pequenos criadores.

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