O ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves (PDT) fez severas críticas, ontem, ao que chamou de complô "politiqueiro e arbitrário", que segundo ele visa subverter a vontade popular e torná-lo inelegível. De acordo com o pedetista, a cinco meses da eleição - e mesmo liderando as últimas 22 pesquisas de intenção de votos realizadas na capital - o líder da prefeita na Câmara Municipal de Natal (CMN), Enildo Alves (DEM), demonstra que tem intenção de contrariar o parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que aprovou as contas da gestão do ex-prefeito no período de 2008, em um claro intuito de vê-lo barrado da disputa municipal. Carlos aponta a tramitação do processo na CMN, atualmente em análise na Comissão de Finanças e Fiscalização, como viciada. Isso porque se diz inimigo pessoal de Enildo Alves, o relator da matéria no legislativo. "Qual a isenção?", pergunta ele, para completar: "Há uns dez dias ele [Enildo] declarou a uma rádio local que já tinha de 14 a 15 votos de vereadores para reprovar minhas contas. Mas como se eu nem havia enviado as respostas aos questionamentos da própria Comissão? Com base em quê?", contestou
Para piorar, enfatiza o ex-prefeito, o pré-candidato pelo PSDB à prefeitura de Natal, Rogério Marinho, teria externado sem reservas, durante a solenidade que concedeu o título de cidadão natalense ao deputado petista Marco Maia, na última quinta-feira (10), na própria CMN, que "trabalharia com a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) para demover o vereador Ney Júnior (DEM) da ideia de se abster em votações sobre processos de desaprovação de contas". Desde que responde a uma ação no Tribunal Regional Eleitoral por ter a prestação de contas da campanha de 2008 indeferida, o parlamentar democrata se declarou suspeito e externou que não participaria de julgamento com teor similar. "Essas pessoas não têm medidas. Eles estão pensando que estão onde para tratar a Câmara dessa forma?", criticou Carlos Eduardo. Ele acusou ainda a prefeita Micarla de Sousa (PV) de incumbir a auxiliares - no caso os secretários de Educação, Walter Fonseca, e de Planejamento, Antônio Luna - de convencer vereadores a votarem contra o ex-prefeito no processo de prestação de contas do exercício de 2008. Carlos Eduardo pede uma reação por parte dos parlamentares para que apreciem a matéria da maneira mais isenta possível. Ele destaca que tem uma vida pública "ilibada", não responde a processos de improbidade e de irregularidade enquanto foi gestor público e que não responde por ilegalidade administrativa a nenhum órgão de controle. "Isso só engana a incautos. Eles queriam me eliminar de toda forma. Já que não conseguiram nas pesquisas querem no tapetão", criticou o ex-prefeito de Natal.
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