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quinta-feira, 10 de maio de 2012

INFLAÇÃO OFICIAL EM ABRIL FOI A MAIS ALTA EM UM ANO

A inflação oficial acelerou em abril, mas os economistas acreditam que a alta é momentânea e não deve mudar a expectativa de redução na taxa de juros nos próximos meses. Problemas no campo: choveu pouco e a safra do feijão ficou menor. O que não ficou pequeno foi o preço nos supermercados, alta de quase 13%. O aumento dos cigarros, dos remédios e dos salários de empregados domésticos também contribuiu com a alta da inflação. O IPCA, índice oficial do governo, subiu 0,64% em abril. Além de ficar acima do valor esperado pelos economistas, é a maior taxa mensal desde abril do ano passado e três vezes maior do que a de março.

Essa alta nos preços poderia jogar um balde de água fria na intenção do governo de baratear o crédito porque quando a inflação sobe, o remédio mais comum para combatê-la é o aumento dos juros. Mas os economistas acreditam que a inflação de abril veio mais alta por conta fatores sazonais, comuns a esse mês, como a chegada às lojas da coleção outono e inverno. “Ela não está refletindo uma aceleração da inflação, então muito provavelmente, o Banco Central com o cenário de inflação sob controle, bem comportado, rumando à meta e com os dados de atividades não muito fortes, ele deve continuar reduzindo a taxa Selic”, fala a economista do banco Santander, Tatiana Pinheiro. O economista da LCA consultores, Celso Toledo, diz que o IPCA deve recuar no próximo mês, mas que o fato de o Brasil estar com uma taxa de juros próxima a mínima história traz um receio de que a inflação volte a acelerar. “Se você está chegando num patamar que nunca foi visto no passado, você perde um pouco a referência e isso causa essa ansiedade nos mercados, o juro muito baixo e você vê uma inflação subindo, por mais que você saiba que a inflação subiu por questões específicas, você se retrai, fica avesso ao risco”, completa Toledo.

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