Os professores da rede
pública estadual que estão cedidos a convênio com entidades filantrópicas
receberam, esta semana,. os 40% dos décimo-terceiro salário sem o acréscimo dos
22% referentes ao aumento do piso nacional do professores, como já era
previsto. Eles também receberam no contracheque a devolução da metade dos
valores pagos indevidamente que haviam sido descontados de uma única vez pela
Secretaria da Administração. Os servidores se reúnem hoje, às 9h, com deputados
na Assembleia Legislativa e amanhã fazem manifestação em frente à Secretaria de
Educação do Estado.
Eles querem a
adesão dos deputados para mudar a lei Estadual que bloqueia a participação no
piso nacional dos professores do Estado que estejam fora da rede estadual. Mês
passado, eles tiveram mais da metade dos vencimentos confiscados pela
Secretaria de Administração do Estado, que há dois meses vinha pagando as
parcelas do reajuste de 22,22%. A presidente do Sinte, Fátima Cardoso, que na
ocasião considerou o confisco um ato inconsequente, inconstitucional e um
verdadeiro crime contra o professor, disse ontem que o Sindicato vai entrar na
Justiça para garantir o direito dos profissionais porque o governo está agindo
arbitrariamente sem analisar caso a caso e prejudicando instituições que
prestam relevantes serviços à comunidade, como a Clínica Heitor Carrilho, a
APAE, SUVAG e outras.
"Além disso,
estão querendo criar salários-base diferenciados para pessoas com a mesma formação.
O piso nacional é um só, isto é inconstitucional como também é inconstitucional
a redução de salários", disse Fátima Cardoso. Já a representante da
Secretaria de Educação do Estado, Betânia Ramalho, por intermédio da Assessoria
de Imprensa, afirmou que daria qualquer informação a mais sobre o assunto
somente numa entrevista coletiva a ser marcada ainda esta semana.
Cerca de 1.456
professores da rede estadual estão sendo prejudicados com a medida adotada
pelas Secretarias de Educação e Administração do Estado. Eles foram cedidos
para trabalhar em escolas filantrópicas e outras instituições fora do sistema
de educação pública, que mantém convênio com o Governo do Estado. A secretaria
alega que os professores não têm direito ao aumneto do piso nacional porque uma
Lei Estadual determina que os professores que estão fora do sistema estadual de
educação não podem ser beneficiados. Se a lei estadual prevalecer, a maioria
dos servidores deverá voltar à Seec, o que resultará praticamente na extinção
de alguns convênios que só funcionam devido ao apoio do Governo do Estado.
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