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quinta-feira, 5 de julho de 2012

COLUNA DO TULIO LEMOS NO JORNAL DE HOJE

CALAMIDADE
A governadora Rosalba Ciarlini decretou ontem, Calamidade Pública na Saúde do RN. Incialmente, é bom saber o que significa o termo: “Calamidade (do latim calamitate) ou catástrofe, significa desgraça pública, catástrofe, flagelo”.

DESASTRE
Portanto, fica claro que é o próprio Governo o autor do reconhecimento de que a situação da Saúde Pública, no Estado governado por uma médica, chegou ao extremo no aspecto negativo, fugiu ao controle. É a confissão da incapacidade gerencial, da inoperância administrativa, da incompetência. Não é a oposição quem estabelece o status de calamidade, mas o próprio Governo se rende aos fatos.

HUMILDADE
O decreto de calamidade pode até parecer um gesto de humildade do Governo diante de sua própria incapacidade gerencial. Mas reforça alguns pontos que a gestão teimava em omitir. O principal deles é: Rosalba ganhou a eleição e assumiu o Governo sem um programa para a área de Saúde e se perdeu diante da dimensão do Estado e das picuinhas políticas do retrovisor.

HUMILDADE II
Os governistas dizem que a calamidade é demonstração de humildade. Os realistas afirmam que o Governo decretou calamidade pública para poder gastar milhões e milhões com dispensa de licitação.

TEMPO
Rosalba Ciarlini assumiu o Governo há 18 meses e se revelou totalmente despreparada para solucionar os problemas que apareciam à sua frente. O discurso que havia encontrado um caos, se superou pelo tempo. A governadora admite oficialmente que produziu o caos em sua própria gestão. Afinal, ela poderia ter decretado estado de calamidade na saúde logo que assumiu. Não o fez e assumiu o ônus de ter produzido seu próprio caos.

MOROSIDADE
Todos sabem que a burocracia estatal é um entrave para a máquina pública. A ideia anda a 120 km/h e a ação não passa de 30 km/h. O serviço público foi sucateado ao longo dos anos por desvios de verba e corrupção. Hoje, a paralisia imposta pela legislação, tenta por freio às facilidades que enriqueceram muitos corruptos à custa da morte de inocentes.

TERCEIRIZAÇÃO
Diante da ineficiência crônica do serviço público, as novas gestões optaram pela rapidez e eficiência das terceirizações, que enfrentam suspeitas naturais de favorecimentos e de corrupção embutidas no sucesso do serviço. A saída para o engessamento: calamidade pública, onde tudo pode em nome da ‘necessidade’ do momento. E ai de quem seja ‘contra’ ou questione algo. Afinal, o povo do Governo se alimentou de vaidade e vomita ameaças a quem ousa questionar. O caminho do fracasso está sendo bem pavimentado há 18 meses.

FRAUDE
O Governo do RN pode até fazer bem feito em relação aos novos contratos milionários que irão aparecer sob o amparo da calamidade pública. O que motiva um olhar mais minucioso sobre suas ações é o fato de ter contratado a Marca, sem licitação, por R$ 16 milhões por seis meses, mesmo contrariando recomendação expressa do Ministério Público. Quem agiu assim merece crédito para atuar sob o manto da facilidade legalizada?

SEGURANÇA
A calamidade que Rosalba demorou 540 dias para descobrir que existe na Saúde, custou a vida de muita gente, incluindo crianças recém-nascidas que não tinham leito de UTI e morriam vítima da deficiência do Estado. Quanto tempo será que a governadora vai demorar para decretar calamidade pública na Segurança? Quantos mortos servem de parâmetro para o Governo? A partir de que nível de sangue a ‘sensibilidade’ do Governo começa a funcionar?

VOTO
O senador José Agripino fez um belo discurso de indignação contra o então líder de seu partido, Demóstenes Torres. Defendeu sua expulsão da legenda de forma veemente. Porém, quando foi para votar a cassação do mandato na Comissão de Justiça, o pai de Felipe não compareceu. O que é que tá havendo?

MACHADINHO
O lançamento do livro “Política em atos e fatos”, do escritor e jornalista João Batista Machado, foi um sucesso. Políticos, intelectuais, estudantes e jornalistas prestigiaram Machadinho na Academia de Letras. A partir de agora, o livro se encontra nas livrarias das redes Saraiva e Potilivros, além da banca do Tota, em Petrópolis.

MANUAL
O livro Manual Prático das Eleições, do juiz Jarbas Bezerra, e da advogada Lígia Limeira, que será lançado hoje no Mid Way Mall, é imprescindível para jornalistas, políticos, candidatos, estudantes de Direito e advogados. Completo no aspecto jurídico e atualizado com pormenores da Ficha Limpa, o livro será na prática, um manual permanente das eleições.

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