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quinta-feira, 16 de agosto de 2012

COLUNA DE TÚLIO LEMOS DO JORNAL DE HOJE

ABORRECIDO
A crise silenciosa que envolve o ministro Garibaldi Filho e o casal Carlos Augusto e Rosalba Ciarlini, é bem mais grave do que se imagina. É uma crise de confiança provocada pela quebra de compromisso. O problema é que a palavra empenhada do casal não foi cumprida em várias ocasiões.

ASSUNTOS
Para que o leitor não pense que os compromissos assumidos pelo casal governador e não cumpridos são na esfera pessoal, há vários pleitos coletivos de lideranças interioranas que foram prometidos e nunca realizados.

CHATEADO
O ministro Garibaldi Filho lamenta a pessoas próximas que o tratamento dispensado por Carlos Augusto e Rosalba não tem sido de aliado. Sherloquinho afirma que houve até um telefonema em que o pai de Waltinho teria dito a Carlos Augusto, extremamente chateado e em elevado tom de voz, que ele ‘não tinha palavra’. O novo todo poderoso do RN ouviu mas não teve coragem de retrucar o ‘batido’ que levou do ministro, conhecido pela calma e serenidade, mas que explodiu diante da forma com que vem sendo tratado.

MODERADOR
A ‘salvação’ de um eventual rompimento entre o ministro Garibaldi Filho e o Governo ainda não ter ocorrido, é o deputado Henrique Alves, que tem atuado como bombeiro na relação, pois está se dando bem com cargos e obras do Governo e trabalha para evitar que Garibaldi tome a decisão que pensa em tomar, de se afastar definitivamente da gestão que ajudou a eleger.

RELAÇÃO
O senador José Agripino também tentou atenuar a crise envolvendo o ministro Garibaldi Filho e o casal governador. Ligou e convidou o pai de Waltinho para participar da campanha em Mossoró. Educadamente, o marido de Dona Denise fez o pai de Felipe entender que portador não merece pancada, mas não estava estimulado a participar da campanha em Mossoró, prestigiar quem lhe desprestigia.

MUDANÇA
Garibaldi Filho estava decidido a não participar de nenhum evento na cidade de Mossoró durante a campanha municipal. Afinal, embora tenha recebido o apoio da prefeita Fafá Rosado e de seu marido Leonardo Nogueira, o ministro também foi apoiado pelas deputadas Sandra e Larissa Rosado. O que pode fazer Garibaldi participar de um comício em favor da candidata de Rosalba é o fato de que o vice de Cláudia Regina é do PMDB.

MÁQUINA
A eleição em Mossoró tem sido realmente a prioridade da gestão Rosalba Ciarlini. Após usar a máquina pública para atrair o apoio do vereador Chico da Prefeitura, nomeando uma filha do mossoroense para uma diretoria do Detran, agora vem a público a utilização de uso de um secretário de Estado para pressionar a direção de um partido político em favor de uma candidatura. Se isso não for uso da máquina, o que será?

VIAGEM
O deputado Ezequiel Ferreira Filho levou um golpe de capoeira baiana do secretário Benito Gama. O filho de Ezequiel foi expulso da presidência do partido pelo baiano Benito. Ezequiel narrou que houve uma viagem a Brasília, que contou com a presença de Rosalba, Carlos Augusto e Benito Gama. Sherloquinho quer saber: quem pagou a viagem? Se foi o Governo, é ou não é uso da máquina?

HABILIDADE
O ato de grande ‘habilidade’ política de Carlos Augusto sobre seu comandado Benito Gama, provocou uma extensa lista de solidariedade ao deputado Ezequiel Ferreira. O filho de Garibaldi, deputado Walter Alves, prestou irrestrita solidariedade ao deputado vítima da ‘arbitrariedade’ governista. Waltinho falou em nome de Garibaldi, de Henrique e do PMDB.

REAÇÃO
Quando o deputado Walter Alves afirma que a forma como a expulsão de Ezequiel foi “truculenta”, e o convida para ingressar no PMDB, restam algumas perguntas: Se a ação foi patrocinada pelo Governo, como disse o próprio Ezequiel, significa que o PMDB considera o Governo truculento”; Se a ação se restringe ao secretário Benito Gama, a governadora vai manter um secretário considerado truculento por quase toda a Assembleia? Por fim, quando Waltinho chama Ezequiel para se filiar no PMDB, mesmo o PTB fazendo parte da base de Rosalba a partir de agora, significa que o PMDB é ou será oposição?

CORONEL
O estilo coronelista do governador Carlos Augusto Rosado esbarrou no espírito corporativista e solidário dos deputados estaduais. Afinal, se Ezequiel foi vítima de uma ação truculenta com uso da estrutura oficial para fazer uma baianada inábil e provocadora de uma crise desnecessária, qualquer um pode ser a próxima vítima do coronel Rosado.

MOSSORÓ
Uma liderança governista dizia, após assistir os discursos de solidariedade quase unânime da Assembleia ao deputado Ezequiel Ferreira: “Carlos Augusto pensa que ainda está em Mossoró, onde manda e desmanda e todo mundo é obrigado a obedecer, por bem ou por mal. O local é outro e os tempos também”, disse o governista, com ar de que sabe que a coisa pode piorar para o Governo da Rosa.

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