Ocorreu em Caicó, na última segunda-feira, 13, a primeira fissura no dique de oposição à governadora Rosalba Ciarlini que o vice-governador Robinson Faria, presidente regional do PSD, acreditava estar construindo como coordenador das atividades da ex-governadora Wilma de Faria e do advogado, ex-prefeito e ex-deputado Carlos Eduardo Alves, que comandam o PSB e o PDT, respectivamente, no Rio Grande do Norte, e, por gravidade, deveria estar apensando a seu palanque as hostes do PT.Em plena praça pública, discursando em comício pelo que chama de "terceira força" na corrida pela sucessão do advogado Ridalvo Costa, o "Bibí", como prefeito de Caicó, Robinson deplorou o fato de Wilma, com quem se mostrava perfeitamente articulado até então, estivesse fazendo neste município o jogo de Rosalba.
Defendendo a candidatura da médica Francielle Lopes pelo PPS, o que já constituiu um choque para muitos de seus amigos seridoenses, Robinson disse que, ao articular e ajudar a sustentar o projeto que visa transformar o empresário Hugo Marinho em prefeito Wilma atende aos interesses de Rosalba. Isto porque, na sua visão, tanto esta quanto a candidatura do ex-prefeito Roberto Germano, que faz, com o respaldo do PMDB, oposição a "Bibí", são tentáculos do rosalbismo em Caicó. Compartilhando hoje com a deputada federal Fátima Bezerra (PT) a condição de maior força eleitoral do município, onde antigamente nomes exógenos não teriam a menor chance diante dos líderes locais, Wilma se reconciliou com Robinson na esteira do rompimento deste com Rosalba, em agosto do ano passado, e desde então vinham projetando a formação de um imenso arco partidário de oposição que deveria crescer na medida em que minguassem as forças de apoio à Governadora.
Fonte: Roberto Guedes
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