O jornalista Roberto Guedes foi vítima de um atentado durante a noite
deste sábado (15) no município de Caiçara do Rio dos Ventos, a cerca de 100
quilômetros de Natal. Atingido por uma pedra, Roberto teve o braço fraturado em
dois pontos e passou por procedimentos cirúrgicos. Internado no Hospital da
Unimed, ele tem situação estável e passa bem. No apartamento
onde está recebendo atendimento médico na manhã deste domingo. Com o braço
enfaixado, Roberto atribuiu o ataque sofrido a um grupo político que está em
campanha eleitoral em Caiçara.“A minha independência em informar tudo o que sabia
não é bem vista. Isso incomoda muita gente em Caiçara”, disse
Roberto Guedes. Além do ferimento do braço, Roberto teve o veículo alvo de
violência por parte de pessoas que Roberto diz já ter identificado.
A ocorrência teve início quando o jornalista, que possui residência em
Caiçara, se deslocava para a Igreja. “Em virtude dos constantes ataques que pessoas da
cidade vinham recebendo, propus uma missa para a pacificação da cidade. Para
que aquilo que estava ocorrendo não acontecesse mais”, contou. Antes de ir à Igreja, Roberto passou pelo posto de gasolina do
município, onde teve início as discussões e brigas. Ele diz ter sido cercado
por homens que o impediam de deixar o local e passaram a chutar seu carro. “Eles jogaram um líquido amarelo no para-brisas e eu não conseguia ver
nada. Foi quando buzinei e arranquei para escapar daquela confusão. Senti um
impacto e eles estão dizendo que atropelei uma pessoa”, relatou. O
jornalista reforçou que agiu por instinto de legítima defesa: “Se não
tivesse saído de lá da forma que fiz, estaria morto”. Após fugir do posto de gasolina, Roberto foi mais uma vez cercado na
saída da cidade, oportunidade na qual foi atingido por uma pedra.
“A pedra quebrou o vidro do lado do motorista e imprensou meu braço
contra o volante. Fiquei com muita dor”, disse. Mesmo com o
ferimento, o jornalista decidiu sair da cidade e procurar proteção policial. Ele dirigiu cerca de 70 quilômetros com o braço quebrado até parar no
posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Macaíba, onde pediu ajuda. O caso
foi registrado na Delegacia de Plantão da zona Sul de Natal pelo delegado
Custódio Arrais Neto e deverá ser investigado pela delegacia de Caiçara.Lá, a
outra parte registrou boletim de ocorrência em virtude do atropelamento e
Roberto Guedes registrou o boletim pelo atentado e a violência sofrida. “Agi em
legítima defesa. Em vários momentos, entre Caiçara e Macaíba, pensei que fosse
morrer”, relatou emocionado no leito do hospital. A atuação jornalística o levou a receber ameaças na cidade. Em virtude
disso, chegou a pedir proteção policial na semana passada ao Ministério Público
da Comarca de Lajes.
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