Fonte: Marcelo Abdon
O estabelecimento de um plano de ação e um cronograma de trabalho
para revisar a Instrução Normativa nº 57 e estabelecer o marco regulatório para
a produção e comercialização de produtos artesanais faz parte das discussões
permanentes dos integrantes do Grupo de Trabalho (GT) constituído para este
fim. Recentemente, técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa) e representantes do setor produtivo da cadeia do leite e
derivados participaram da primeira reunião do GT da Câmara Setorial da Cadeia
Produtiva do Leite e Derivados/MAPA para debater o assunto. O secretário de
Defesa Agropecuária (SDA), Enio Marques, destacou a importância de buscar
entendimentos e clareza sobre a produção de queijos artesanais. Disse que o
Mapa está empenhado a alcançar uma situação desejável, considerando as
limitações das regras existentes.
Ele acredita que é necessário ajustar a legislação para reconhecer
o queijo artesanal como patrimônio público e com regras bem definidas. Segundo
ele, no momento se trabalhará numa proposta de transição, atendendo
emergencialmente a necessidade de comercialização dos queijos que já são
tradicionalmente produzidos e que atenda as garantias mínimas para a segurança
do produto e seja viável para os produtores. O Ministério esclarecer que o GT
discute apenas a produção do queijo artesanal, tendo como base a utilização de
leite cru. Considerando as garantias e controles que esse tipo de produto
demanda, tal produção se justifica pela importância da proteção e preservação
do patrimônio cultural associado à referida produção (preservação do
saber-fazer). Soma-se a isso, a proteção dos consumidores e dos próprios
produtores contra a usurpação do nome geográfico, muitas vezes
indiscriminadamente utilizado.
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