Enquanto
esperam por uma definição do futuro, o trabalho dos delegados se
multiplica. Petrus Antônio Gomes, delegado titular na comarca de Currais Novos,
está há 9 anos na função e, desde então, vem acumulando cargos. Além de cobrir
mais três municípios ligados à comarca, Petrus substitui, atualmente, o
delegado de Santa Cruz, cidade que coordena a segurança de mais 8
municípios. "Temos que nos desdobrar em 10. O jeito é priorizar os
flagrantes, mesmo sabendo que não estamos prestando um serviço de boa
qualidade", conta.
Petrus planeja se reunir, em breve, com entidades e colegas de profissão para decidir se eles entregam, ao Governo estadual, as funções acumuladas. Mesmo sobrecarregados, os delegados continuam recebendo um único salário. A média é de 8 delegacias por delegado residente no interior. Outro desabafo vem de Getúlio Medeiros, titular da delegacia em Caicó, mas que atua junto a outros quatro municípios. Acusado pelo Ministério Público de negligência, Getúlio conta que se sente coagido. "Não estamos nessa situação por que queremos. Se não fazemos o nosso trabalho bem feito, é porque o poder público não nos dá chances", explica. O delegado aponta que a polícia civil deveria, ainda, realizar um trabalho de prevenção, o que não é possível no atual contexto. Das 65 comarcas - regiões que abarcam outros municípios - 22 se encontram sem delegado, entre elas Serra Negra, Jardim de Piranhas e Ipueira.
Petrus planeja se reunir, em breve, com entidades e colegas de profissão para decidir se eles entregam, ao Governo estadual, as funções acumuladas. Mesmo sobrecarregados, os delegados continuam recebendo um único salário. A média é de 8 delegacias por delegado residente no interior. Outro desabafo vem de Getúlio Medeiros, titular da delegacia em Caicó, mas que atua junto a outros quatro municípios. Acusado pelo Ministério Público de negligência, Getúlio conta que se sente coagido. "Não estamos nessa situação por que queremos. Se não fazemos o nosso trabalho bem feito, é porque o poder público não nos dá chances", explica. O delegado aponta que a polícia civil deveria, ainda, realizar um trabalho de prevenção, o que não é possível no atual contexto. Das 65 comarcas - regiões que abarcam outros municípios - 22 se encontram sem delegado, entre elas Serra Negra, Jardim de Piranhas e Ipueira.
Efetivo
Para o presidente do
Sindicato da Polícia Civil no Rio Grande do Norte, Djair José de Oliveira, as
soluções, tanto a curto quanto a longo prazo, passam pela ampliação de efetivo.
"Cada delegacia deveria ter, ao menos, um delegado, um escrivão e 10
agentes, mas a nossa realidade é outra, de sucateamento", conta. De acordo com ele, a estrutura das delegacias
também deixa a desejar. Faltam viaturas, armamentos e a proteção (coletes)
usada pelos policiais é de baixa qualidade. "O resultado da
deficiência no quadro é que as investigações não andam, outros crimes sequer
recebem atenção, e a noção de impunidade aumenta, junto com a violência",
conta Djair.
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