Apesar de o próprio governo já admitir
que o custo do uso acentuado das usinas térmicas será repassado aos
consumidores, o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio
Zimmermann, disse há pouco que o gasto com essas usinas não compromete o
desconto de 20% nas contas de luz, a partir deste ano. "A redução de 20% é
estrutural, enquanto o gasto com as térmicas é conjuntural. Não podemos
misturar uma coisa com a outra", afirmou.
Ontem em entrevista à TV Globo, o ministro Edison
Lobão disse que o impacto do uso em grande escala das térmicas seria de cerca
R$ 400 milhões por mês, ou menos de 1% de impacto para os consumidores. Mas
analistas de mercado projetam impactos maiores. Zimmermann disse ainda que o País não corre o
risco de passar por um novo período de racionamento de energia. Segundo ele,
apesar dos reservatórios estarem em níveis baixos, o sistema hidrotérmico
brasileiro está equilibrado. "Em 2001 o problema era a falta de usinas, e
hoje não temos esse problema. As usinas térmicas entram nos leilões de energia
para serem usadas quando houver necessidade. Essa é uma característica do nosso
sistema", disse.
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